Representantes de universidades públicas e da Secretaria da Saúde reuniram-se nesta terça-feira (11), em Curitiba, para operacionalizar o Telessaúde. A ferramenta, que propicia consultoria técnica ou segunda opinião das universidades às equipes da atenção primária, deve estar disponível no início de 2013. O Telessaúde também poderá ser utilizado pelos profissionais da Rede de Urgência e Emergência através de pontos instalados nas Unidades de Pronto Atendimento 24H e nas bases do Samu (Serviço Móvel de Urgência).
“A intenção é utilizar a expertise das universidades para qualificar a atenção primária”, destaca a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Cecília Huçulak. De acordo com o projeto, as universidades que firmarem parceria com a Secretaria da Saúde terão um telerregulador especialista em Saúde da Família ou em Saúde Pública que ficará encarregado de receber as demandas dos profissionais. A expectativa é que 90% das solicitações sejam atendidas pelo telerregulador e somente 10% sejam encaminhadas para os consultores de especialidades.
Márcia Huçulak enfatiza que o Governo do Paraná já investe na compra de equipamentos de informática para garantir o acesso das unidades de saúde à internet e que todos os municípios do Paraná já contam com banda larga. “Temos recursos no orçamento de 2013 para investir no Telessaúde e pedimos às universidades para que desenvolvam um cronograma e destaquem quais seriam as especialidades para referência”. A Universidade Estadual de Maringá manifestou interesse em ser referência para diabetes e nefrologia.
Com o uso do Telessaúde, será possível identificar quais são as principais dúvidas dos profissionais que atendem diretamente os pacientes e programar capacitações para toda a rede. “O infarto de miocárdio e o acidente vascular encefálico são as principais causas de morte no Paraná e com a ferramenta podemos orientar a conduta e sistematizar os procedimentos na hora em que surgem as demandas”, disse a superintendente.
SAÚDE BUCAL – O Telessaúde também deverá ser utilizado na área de saúde bucal para a detecção precoce do câncer de boca. Os Centros de Especialidades Odontológicas poderão ter pontos de comunicação com as universidades para o envio de imagens e fotos das lesões. “Com o sistema implantado poderá servir de experiência para os acadêmicos e proporcionar a extensão universitária”, diz o coordenador de Saúde Bucal, Leo Kriger.
Fonte: AEN/PR