Acompanhamos o desenvolvimento de Santa Catarina há muitos anos. Ajudamos a difundir um sistema único de produção e distribuição de riquezas, trazido da antiga Europa, que fez de Santa Catarina um Estado diferenciado do restante do Brasil. No interior do estado, os pequenos tiveram a oportunidade de, unidos num sistema chamado COOPERATIVO, produzirem suínos , aves, leite, vinhos finos, além do milho, da soja, feijão , arroz, enfim tudo que necessitavam para sua realização social e econômica. Nas cidades, os pequenos também se uniram e desenvolveram um moderno sistema financeiro, dentro do mesmo sistema Cooperativo, completamente integrados com produtores rurais e poupadores das cidades, onde guardam e multiplicam suas economias, desenvolvendo e criando em Santa Catarina inclusive a maior cooperativa, em número de associados, de todo o Brasil.
Todo o sistema cooperativo Catarinense se solidificou, cresceu sendo reconhecido e apadrinhado por todos. Esse sistema foi criado e implantado, por trabalhadores que se identificam com o sistema cooperativo, pouco se importando, com horas extras, com ganhos reais, e muitas vezes em detrimento do convívio com suas famílias, se doando totalmente para que o sistema funcione. Esta, sim, na hora de repartir o pão. Agora é hora cuidar dos ganhos econômicos, da qualidade de vida, dos ganhos sociais destes trabalhadores, e nada mais justo do que criar um sindicato para cuidar disso. Assim nasceu o SINTRACOOP-SC ( Sindicato dos Trabalhadores Celetistas das Cooperativas de Santa Catarina ) , que é o nosso sindicato laboral da categoria . E como podem ver, esse movimento ganha força pelo entusiasmo com que contagia os funcionários de Cooperativas, comparecendo em massa nas assembléias para retirada de pauta de suas reivindicações.
Somente nessa assembléia realizada dia 19 de março deste ano, em Pinhalzinho, reuniram-se quase 500 trabalhadores de todos os ramos do cooperativismo Catarinense, para uma retirada de pauta de reivindicações. Nosso Sindicato, é o reflexo da união de todos pelo mesmo objetivo.
Desde nossa fundação temos nos pautado dentro da legalidade, fidelidade e na busca da união, não se constrói um sindicato forte sem estes pilares, sofremos ataques de outros sindicatos de categorias que nos representavam por afinidades, fomos sustentáculo financeiros de industriários, bancários e comerciários, por décadas ajudamos estas categorias mas agora queremos nossa representatividade, temos que sentar a mesa com o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Santa Catarina o qual até possuem um sistema “S” especifico o SESCOOP, mas tudo ao patronal foi dado gratuitamente sem luta de organização sindical patronal essa indiferença da OCESC tem ajudado imensamente nossos antigos amigos e agora declarados nossos inimigos só porque ousamos em sentar a mesa e exigir melhores condições de trabalho e de salário, tiveram ainda o apoio os nossos inimigos de uma justiça trabalhista despreparada e induzida por figurões que só pensam em nossa arrecadação, pois bem em Brasília vencemos e estamos completamente legalizados, nosso registro sindical foi concedido via justiça do trabalho de Brasília, no ano de 2011, porém nossos adversários conseguiram algo inusitado a suspensão da sentença através de cautelar, cautelar esta que já perderam, e nós confirmamos no tribunal nossa legalidade e nosso famigerado Registro Sindical, agora apenas lutam para que o Ministério do Trabalho e Emprego não publique a decisão, mas é por pouco tempo, logo será publicado pelo Ministério do Trabalho e estaremos completamente legalizado nosso registro sindical.
Mas nós não queremos o Registro Sindical somente para a arrecadação do imposto sindical, não, queremos nosso registro Sindical para podermos homologar centenas de Acordos Coletivos de Trabalho entre nós e as Cooperativas, instrumento este que confere direitos para o trabalhador cooperativista catarinense, este é nosso objetivo, e o Sindicato Patronal “OCESC”, que continue ausente e deixando as cooperativas soltas a mercê de toda a sorte, nós iremos procurar as Cooperativas para entabular Acordos Coletivos de Trabalho, não nos interessa mais Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato Patronal, pois estes nunca foram e jamais serão parceiros pois não demonstraram preocupação com suas possíveis filiadas as Cooperativas, por isto estaremos convocando as Cooperativas por ramos para entabularmos acordos coletivos de trabalho e caso não tenhamos êxito na negociação iremos solicitar ao Ministério Público para que junto conosco entrem com dissídio coletivo de trabalho contra as cooperativas que não quiseram negociar conosco os legítimos representante da categoria dos trabalhadores celetista nas Cooperativas Catarinense.
Abraços a todos.
Paulo Junqueira da Silva
Presidente do SINTRACOOP-SC E
Mauri Viana Pereira
Presidente da FENATRACOOP