Os secretários de Meio Ambiente e de Saneamento, Leopoldo Fiewski, e de Serviços Públicos, Vagner Mússio, se reuniram ontem, segunda-feira (17), com representantes das cooperativas de reciclados para iniciar um acordo na coleta seletiva de determinados materiais. Fiewski explicou aos dirigentes das cooperativas a necessidade de todo segmento se adequar à nova legislação nacional, que trata da Logística Reversa, prevendo acordos setoriais.
A política de logística reversa responsabiliza o fabricante pela destinação final dos resíduos. Desde o início do ano o governo está acionando as indústrias de todos os segmentos para notificar sobre essa responsabilidade. “A legislação envolve preferencialmente as cooperativas recicladoras, e estamos organizando essa política a nível municipal”, explicou Fiewski.
A proposta é cada cooperativa atuar em um segmento específico, como já ocorre com alguns produtos. O secretário coloca como exemplo o segmento de embalagens de óleo lubrificante, que já tem uma estrutura de recolhimento e destinação correta através do programa Jogue Limpo.
Fiewski citou também o segmento de vidros, que já tem acordo entre a Coopervidros e os geradores, através de negociações abertas pela Prefeitura. “A proposta é envolver toda cadeia e recolher todo tipo de material mesmo o que não tem mercado”, lembra.
As prioridades colocadas para os dirigentes das cooperativas são móveis, pet, eletro-eletrônicos e embalagens de tintas. A proposta é o município viabilizar o trabalho das cooperativas, acionando todo segmento e deixando os dois lados livres para negociar a destinação final do material.
O contrato com a prefeitura será temporário, para avaliação das condições e os resultados. “Podemos melhorar e adaptar o contrato conforme a necessidade e a realidade de cada segmento na hora da renovação, o que garante mais segurança para esse acordo dar certo”, disse o secretário.
As cooperativas apresentaram algumas reivindicações, que já estão sendo analisadas. “O que for possível e legal vamos atender”, afirmou Fiewski. Ele também apresentou aos cooperados a proposta de destinação dos resíduos em usinas de aproveitamento energético.
O modelo, de acordo com o secretário, prioriza ainda mais a reciclagem. “Os países onde os resíduos geram energia são os que mais reciclam”, disse, lembrando que a queima dos resíduos elimina o impacto ambiental causado pelo uso de aterro para a destinação do lixo urbano.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Maringá