A negociação sindical é complexa porque envolve não só estratégias, mas que ela seja também efetiva para categoria profissional. O sindicato ganhou muita força ao negociar coletivamente, hoje você consegue trazer inúmeras situações sobre o que se pode negociar e o que não pode. Antigmente, negociava algo com sindicato e o empregado entra com ação e pedia nulidade do acordo, dizia que algo não se aplicava porque a legislação não previa. Hoje consegue validar a negociação, porque a lei garantiu essa prevalência no voto da categoria pela maioria.
O Sindicato deve ter bem em mente e de maneira clara os objetivos da categoria quando está representando os trabalhadores em acordos coletivos. Importante lembrar a constância do momento econômico das empresas de reduzir custos para se ter melhores vantagens nos seus investimentos, isto em tempo bom ou ruim, a ideia da folha de pagamento de ter um orçamento enxuto vibram nos seus argumentos, é muito importante o sindicato ter o conhecimento sobre o crescimento financeiro da empresa, alheia a qualquer imposição, é necessário também ter a maturidade sobre a manutenção desta empregabilidade, de nada adianta um melhor valor no aumento salarial, se a empresa para continuar a existir tiver de reduzir custos nas áreas operacionais, sem produção de onde viria orçamento para se manter estes salariais, certamente seria redução no quadro de funcionários, por isso é preciso cautela e conhecimento da empresa na parte administrativa e financeira.
A nova modalidade da carteira Verde e Amarela por exemplo, tomar informações precisa a respeito do que se pode ganhar ao negociar com esta espécie de contratação e o que se pode fazer em áreas específicas determinadas, segurança no trabalho na áreas operacionais de riscos, entre outras questões supra-importantes na vida do trabalhador. Afinal os Sindicatos devem estar atentos em várias linhas de frente como guardião do bem estar e o melhor para os nossos trabalhadores.
Toda negociação sindical pode gerar um pouco de desconforto nos acordos coletivos, mas é necessário garantir o mínimo para aquela categoria, para não haver precarização de mão de obra, buscar vantagens salariais nem sempre se refere ter aumento salarial, mas com pautas fundadas no poder aquisitivo da cesta básica, seguro, saúde, entre outros que podem ser criados, que acaba sendo ganhos de vantagens.
Também das novas Leis, por exemplo, a questão dos TACs e redução das multas. Era para ser algo que ia tratar do contrato verde amarelo, mas traz de prêmio a PLR. Mexeu com muita coisa. Desde a lei de Liberdade Econômica já se via a intenção de que a alteração seria mais profunda, como exemplo autorização de trabalho aos domingos e feriados, que ainda não foi para o Senado, era uma questão de tempo. É um ponto muito sinsível, pois forçam cumprimento de decisão judical, porque verba trabalhista é considerada alimentar e constitucional, quem pode questionar tais mudanças que afeta a vida do nosso trabalhador, certamente pode, tem de ser e deve ser o sindicato da categoria prejudicada.
Em todo o caso nas mudanças ocorridas temos observado que a área de atuação nas atividades mais sensíveis e de baixa escala terá todas as vantagens antes conquistadas pelo Sindicato em sua defesa, agora simplesmente sendo perdidas e até colocando em risco a vida do nosso trabalhador. Como resgatar o que foi perdido, já não é nem buscar alvos melhores para classe, simplesmente descemos morro abaixo e a cada MP vamos perdendo vantagens, o resgate claramente reconhecido é o nosso trabalhador estar consciente de todas estas percas devido as novas Leis aplicadas pelo governo e votar consciente para quem garanta a sua justiça social como aquele que cria riquezas para a nação. A luta é grande e será por muito tempo para que possamos resgatar tudo o que já perdemos, estamos quase voltando a estaca zero, talvez ai o operário irá acordar e ir a luta.
Temos de buscar o máximo de ganhos com psicologia e maturidade no acordos trabalhístas, vencer os argumentos, manter primeiramente o que ainda temos e se formos inspirados ganhar o que seja possível, porque esta porta de vantagens que o sindicato pode conquistar é a única que ganhamos com todas estas mudanças, o Acordos Coletivos de Trabalho (ACT).
Marisa Menezes – 22/11/2019 ás 09:57