Vacinação, política e religião – uma leitura judaica
Na tradição judaica, a vida se antepõe a tudo. A conclusão da Torá (o Pentateuco) se expressa no mandamento de escolher a vida (Deuteronômio 30). A vida de todos. Proativamente. No Talmude (literatura rabínica dos séculos 3-6 da era comum) discute-se a situação imaginária de duas pessoas no deserto com água suficiente para salvar apenas uma delas. Os rabinos não cogitaram de que a hipótese viesse a ser uma realidade cotidiana nos campos de extermínio nazistas, onde seres humanos morriam de fome ou por falta de vacinas, ainda antes de serem asfixiados nas câmaras de gás ou fuzilados pelo simples fato de serem judeus. Os rabinos do Holocausto não titubearam em prescrever o consumo de qualquer alimento, por mais contrário que fosse às leis alimentares judaicas. Quem não consumia alimentos “proibidos” pecava por ter-se apegado a um preceito, em vez de transgredi-lo para salvar a vida. Própria ou de outrem. A transgressão virou preceito, em prol da vida.Em Levítico 19, o mandamento que antecede o do amor ao próximo é seu aspecto prático: não permanecer passivo enquanto ele estiver sangrando. Para a lei judaica, nada pode ser mais urgente do que salvar uma vida. Quem tiver a possibilidade de fazê-lo tem proibida qualquer distração, por mais nobre que seja. Obviamente, não tem direito a férias ou lazer. Qualquer ocupação diferente de salvar – e pior, que atrapalhar a dedicação de uma pessoa a salvar vidas – é considerada um pecado. Até mesmo pedir a salvação de Deus ou atender o Messias ou o próprio Deus.A ideia de que tudo depende só de Deus, ou de qualquer outra força, sem a necessidade nem a possibilidade de intervenção humana, é contrária ao judaísmo clássico. (O Estado)
O Estado de S. Paulo
- Após um século, Ford encerra produção de veículos no País
- Mudança global pressiona montadoras
- Bahia diz que vai tentar buscar novo investidor
- Decisão de gigante americana pega sindicatos de surpresa
- Para Fiesp, saída da Ford é ‘alerta’ sobre custo do País
- Bolsa tem queda de 1,46% e dólar vai a R$ 5,50
- Para mercado, IPCA bateu em 4,37% em 2020
- Ford saiu por ‘decisão global’, diz governo
- Dados da FGV indicam ociosidade superior a 30% no setor
- Falta de estoques afeta entrega de carros a locadoras
- BB aprova reestruturação que prevê desligamento de 5 mil funcionários
- Para funcionários, medidas são ‘cortina de privatização’
- Mortes em SP saltam 49%
Índice, que saltou de 143 para 213 entre 3 e 9 de janeiro, é o maior desde agosto; médico diz que ‘conta do fim de ano ainda não chegou’. O médico infectologista Carlos Magno Fortaleza, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, acredita que o aumento dos óbitos é reflexo das aglomerações de fim de ano. “Essa conta não chegou totalmente. O resultado de Natal nós vamos ver mais pra frente.” (O Estado) - BB quer fechar 112 agências e cortar 5 mil funcionários
Além de programas de demissão, banco anunciou plano de reorganização que estima fechamento de 112 agências e economia de R$ 2,7 bi até 2025; para analistas, movimento mostra esforço para ganhar eficiência, embora BB esteja atrasado em relação a rivais. A reestruturação foi vista como um esforço da instituição para avançar no processo de digitalização. (O Estado) - Pazuello fala em mais tempo entre doses de vacina
O ministro Eduardo Pazuello (Saúde) disse que o plano de vacinação contra a covid-19 pode priorizar a aplicação da 1ª dose na população, para acelerar imunização em massa e reduzir o contágio. Estratégia similar foi adotada no Reino Unido. Especialistas veem a proposta com ressalvas. Sobre o início da vacinação, Pazuello projetou que será “no dia D e na hora H” (O Estado)
O Globo
- Ford sai do país culpando mau ambiente econômico
- ‘Empresas não querem o ônus de produzir no Brasil’
- Ford afirma que manterá assistência ao cliente com serviços e peças
- BB prevê saída de 5 mil em programa de demissão
- Auxílio entra no debate na disputa pela Câmara
- Equipe de Guedes aguarda eleição para voltar a negociar propostas
- Dólar fecha a R$ 5,50, maior patamar em dois meses. Bolsa recua 1,46%
- Opinião do Globo: Mau cenário
Folha de S. Paulo
- Ford fechará suas fábricas no Brasil
- Análise – Eduardo Sodré: Decisão já era estudada pela montadora, e conta do custo Brasil chega agora com a pandemia
- SP e Bahia buscam ação para minimizar impacto da Ford
- Inaugurada há 20 anos, fábrica baiana foi alvo de disputa
- Guedes: ‘celebra’ Orçamento limitado e não prevê auxílio
- BB fechará 361 unidades e quer 5.000 em PDV
- Ford ganhou muito dinheiro no país e poderia ter adiado saída, diz Mourão
- Anúncio mostra falta de credibilidade do governo, afirma Maia
- Dólar vai a R$ 5,50 e acumula valorização de 6% em 2021
- Covid e geopolítica estão entre os riscos para empresas no ano
- Risco da epidemia da miséria
Mas até aqui a maioria da elite política e econômica do país lava as mãos e assiste placidamente à tragédia anunciada da epidemia de miséria. Uniramse no mote de Bolsonaro: “não posso fazer nada”. Aliás, não é a primeira vez que bolsonaristas e liberais —adversários no tema da vacina— se juntam quando as vidas que estão em jogo são apenas as do andar de baixo. Neste início de ano, as grandes batalhas nacionais serão pelo início da vacinação e pela manutenção do auxílio emergencial. Nos dois casos, trata-se de defender a vida.(folha) - Acordo proíbe divulgar dados completos da Coronavac
O contrato entre o Butantan e a Sinovac impede a divulgação da taxa de eficácia da Coronavac – que engloba aqueles que não precisaram de assistência, mas foram infectados – sem autorização da farmacêutica chinesa. O instituto, que não se manifestou até a conclusão desta edição, promete divulgar hoje os dados. (folha)
Valor Econômico
- Governo quer usar 1ª dose de vacina para conter pandemia, diz Pazuello
Segundo o ministro, a vacinação “vai começar no dia D e na hora H em todos os Estados do Brasil” - Sigilo barra divulgação de eficácia da Coronavac
Cálculo com base em dados do Butantan sugere efetividade de 64% - Confiança do consumidor recua com emprego e renda em baixa
Indicador mostra famílias menos otimistas que empresas - Regra fiscal é entrave para volta do auxílio
Para governo, retomada da ajuda emergencial exige obediência a teto e fonte de financiamento - Leilão da Fiol ganha força com novos projetos ferroviários
Antes visto como projeto de apenas um interessado, ferrovia poderá atrair concorrência - Sindicatos dizem que foram pegos de surpresa pela Ford
Decisão de fechamento das operações no país não foi negociada com trabalhadores e governos - Farmácia escapa da crise e inicia novo ciclo de aberturas
Projeção é de 900 lojas a mais no ano; alta nas vendas pode repetir 2013 - ‘Efeito covid’ faz linha branca ficar mais higiênica e mais econômica
De janeiro a setembro de 2020, o faturamento do setor caiu 7% na comparação com o mesmo período do ano passado - Chegar a pequeno e médio produtor é o desafio, diz ministério
Início de operações digitais financeiras por esse público é comemorada, mas expõe atraso do campo brasileiro nessa frente - Desequilíbrio e oportunismo nos contratos
Ainda que se reconheça a gravidade da covid-19, a lei não abriga o descumprimento geral a pretexto de um hipotético desequilíbrio contratual