Na área da 15ª Regional de Saúde, valor desembolsado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a R$ 2 milhões no ano passado. Em todo o Paraná, custos aumentaram 20%.
Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações em decorrência de acidentes de transporte estão crescendo na região de Maringá. Ao longo do ano passado, foram gastos cerca de R$ 2 milhões, valor 16% maior que o registrado em 2010. O dado foi repassado nesta sexta-feira (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A Sesa, porém, estima que esse valor seja ainda maior, pois em algumas situações o paciente tem de retornar para realizar outros procedimentos médicos.
O número de internações nos últimos dois anos também subiu. O acréscimo foi de 1.407 para 1.521, uma elevação de 8,1%. Nesse cálculo estão incluídos acidentes causados por carros, motos, caminhões e bicicletas.
A quantidade de internações registradas pela regional maringaense chega a superar o número registrado na região de Londrina, que, no ano passado, teve 1.317 internados após acidentes de transporte.
No entanto, os gastos em Londrina foram maiores, alcançando R$ 2,4 milhões em 2011. Segundo a Sesa, isso pode ter acontecido por duas razões: a gravidade dos casos pode ter sido maior em Londrina ou as vítimas precisaram de um maior tempo de internação.
Em todo o Paraná, foram quase R$ 13 milhões gastos em 2011 contra R$ 11 milhões em 2010, um aumento de cerca de 20%. A Região Metropolitana de Curitiba teve o mesmo aumento porcentual – gastou R$ 3,4 milhões no ano passado, contra R$ 2,8 milhões em 2010.
Nesta semana, o Ministério da Saúde repassou R$ 500 mil ao Paraná via projeto Vida no Trânsito. A ideia do programa é auxiliar na redução do índice de óbitos em acidentes e fortalecer as ações de segurança no trânsito, além de integrar as informações sobre acidentes e qualificá-las. Com as estatísticas em mãos, gestores da saúde deverão identificar os fatores de riscos e elaborar programas de prevenção.
Fonte: Marcus Ayres e Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo