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O dólar à vista emendou na sessão desta terça-feira, 5, o quarto pregão seguido de valorização e fechou em alta de 1,19%, cotado a R$ 5,3893. Na máxima, registrada pela manhã, a moeda chegou a furar o teto de R$ 5,40 ao correr até R$ 5,4040. Em apenas três pregões de julho, o dólar já acumula avanço de 2,95%, após ter subido 10,15% em junho. As perdas no ano são agora de apenas 3,35%.
Ao desconforto com o quadro fiscal doméstico, em meio à tramitação da PEC dos Benefícios na Câmara dos Deputados, somou-se hoje uma onda de aversão ao risco vinda do exterior. Dados fracos da economia europeia e relatos de novos lockdowns na China avivaram temores de recessão global. Investidores correram para se abrigar no dólar e nos títulos do Tesouro americano, cujas taxas recuaram em bloco. O retorno da T-note de 10 anos, principal ativo do mundo, caiu para a casa de 2,82% e chegou em alguns momentos a ficar abaixo do da taxa do título de 2 anos – movimento visto pelo mercado como sinal de recessão. O petróleo tipo Brent, referência para a Petrobras, fechou em queda de 9,45%, a US$ 102,77.
O índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes – superou nas máximas os 106,000 pontos, no maior patamar em 20 anos, com alta de mais de 1,5% da moeda americana frente ao euro. Divisas emergentes e de países exportadores de commodities afundaram. O real, que costuma apresentar perdas mais expressivas entre seus pares em episódios de aversão ao risco, desta vez não ficou na rabeira. Peso mexicano, peso chileno e rand sul-africano sofreram mais. O rublo russo amargou queda superior a dois dígitos.
“É claro que o ambiente doméstico também pesa com a questão fiscal. Mas o movimento hoje foi majoritariamente global. As moedas emergentes de forma geral se desvalorizam com o risco de recessão nas maiores economias do mundo”, afirma a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
O minério de ferro negociado em Qingdao, na China, até subiu, já que fechou antes que o temor de recessão se instalasse nas mesas de operação. As demais commodities metálicas e as agrícolas derreteram. Dados positivos do setor de serviços na China em junho, embora não abranjam o efeito de novos lockdowns, e possível redução de tarifas dos EUA sobre importações chinesas deram alento ao mercado asiático e até sugeriam um ambiente de apetite ao risco.
Por ora, o mercado ainda mantém a aposta majoritária de que o BC americano anuncie neste mês mais uma elevação da taxa básica em 75 pontos-base e que os Fed Funds encerrem o ano acima de 3%. Já esquentam, contudo, as apostas em um corte de juros nos EUA mais cedo em 2023.
“A elevação dos juros americanos é inevitável. O Fed deve manter o tom duro, o que aumenta a possibilidade de recessão nos Estados Unidos”, afirma André Rolha, ressaltando que esse conjunto de fatores se traduz em busca global pela moeda americana. “Mas o real também está sendo muito castigado por essa postura populista de aumentar gastos antes da eleição. Houve até um alívio com o sinal de que o texto da PEC dos Benefícios pode não ser alterado na Câmara, mas o ambiente ainda é de desconfiança”.
O Broadcast Político informou à tarde que o relator da PEC dos Benefícios ou PEC Kamikaze (antes chamada de PEC dos Combustíveis), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), cedeu à pressão do governo e desistiu de alterar o texto. Forte queria inclusão de auxílio-gasolina para motoristas de aplicativos e retirada do decretação de estado de emergência. Eventuais modificação teriam que fazer a proposta voltar ao Senado. Havia também a possibilidade de os gastos extra teto, previsto em R$ 41,25 bilhões na versão original, subissem para a casa dos R$ 50 bilhões.
“O movimento de apreciação do dólar contra o real não deve ser interrompido tão cedo. A perspectiva de piora da trajetória da dívida líquida do governo, em parte reflexo da aprovação de projetos que ampliam o risco fiscal, pressiona o dólar para cima”, afirma, em nota, a economista do C6 Bank Claudia Moreno, acrescentando que a depreciação da moeda brasileira só não é mais forte por conta de fatores como a taxa Selic elevada.
Para os estrategistas do BGT Pactual, o risco fiscal e o processo de alta de juros nos EUA devem manter o real enfraquecido, mesmo após o tombo expressivo em junho. “A elevação do risco fiscal segue nos deixando menos construtivos para o real no curto prazo, que ainda deve seguir negociando consistentemente acima de R$ 5,00 nos próximos meses”, afirmam os estrategistas, em relatório. “Mantemos nossa projeção para o final de 2022 para R$ 4,80, mas visualizamos um cenário pessimista em taxa mais elevada devido ao aperto das condições financeiras nos mercados globais mais rápido que o esperado”.
Bolsa
A aversão a risco desde o exterior – com fracas leituras finais sobre índices de atividade na Alemanha e na zona do euro em junho, que contribuíram para reforçar temores quanto a uma recessão global – lançou os ativos em nova espiral de perdas, com destaque para o petróleo Brent, em queda de 9,45% durante a sessão, e para as bolsas do velho continente, em recuo de quase 3% no
fechamento (Frankfurt). Em Wall Street, Dow Jones e S&P 500 cediam mais de 1%, enquanto o Nasdaq mostrou descolamento (+1,75%) até o encerramento.
Ao final, os outros dois índices de Nova York moderaram muito o ajuste (Dow Jones -0,42%), com o S&P 500 revertendo ao positivo (+0,16%). E, na B3, onde os investidores já vinham lidando com as preocupações em torno da ‘PEC Kamikaze’, o Ibovespa cedeu apenas 0,32%, aos 98.294,64 pontos, quando parecia, em boa parte da sessão, a caminho do que seria o menor fechamento do ano, abaixo dos 98 mil pontos, permanecendo em níveis do começo de novembro de 2020.
Com a retomada dos negócios em Nova York após o feriado da Independência americana, o giro financeiro foi a R$ 26,5 bilhões nesta terça-feira. Na semana, o Ibovespa cede 0,67%; no mês, 0,25%, e no ano, 6,23%.
Se o petróleo havia ajudado a descolar Petrobras de outras blue chips nas duas sessões anteriores, hoje a queda livre da commodity colocou a petrolífera (ON -4,27%, PN -3,81%) e o setor na ponta negativa do Ibovespa, tendo 3R Petroleum (-7,44%) e PetroRio (-7,11%) logo à frente. Algumas ações, especialmente as muito descontadas no ano, como Magazine Luiza (+11,74%), acabaram sendo uma válvula de escape para o dia na B3. Na ponta do Ibovespa, destaque também para Via (+11,48%), Americanas ON (+9,73%) e Petz (+8,65%). Assim como para Petrobras, o dia foi majoritariamente negativo para empresas e setores de maior liquidez, como Vale (ON -0,50%) e siderúrgicas (CSN ON -1,81%), enquanto os grandes bancos conseguiram oscilar para ganhos em direção ao fechamento, à exceção de BB ON (-0,54%).
“Hoje, mais cedo, a curva de juros americana (taxas de 2 e 10 anos) chegou a inverter e isso geralmente é associado com recessões econômicas anteriores nos Estados Unidos”, observa Jennie Li, estrategista de ações da XP. Lá fora, a queda dos yields dos Treasuries, por outro lado, beneficia “as empresas de alto crescimento que sofreram bastante nos últimos tempos por conta do aumento de juros”, acrescenta a estrategista. “Então, estamos vendo um movimento de recuperação e certo alívio em empresas como Magalu, aqui no Brasil.”
Fonte: Estadão – Por: Antonio Perez e Luís Eduardo Leal ás 19:50
Objetivo é acelerar pagamento de benefícios previstos na proposta
O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1, que prevê pagamento de benefícios sociais até o fim do ano, desistiu de fazer alterações no texto. Segundo o deputado, a ideia é acelerar a promulgação da proposta do Palácio do Planalto e, consequentemente, os pagamentos dos benefícios.
“Diante das dificuldades e do estado de comoção social que estamos vivendo na questão da necessidade dos auxílios, o mais prudente é agilizar a votação”, disse Forte, em declaração publicada pela Agência Câmara. Caso o texto fosse aprovado com alterações na Câmara dos Deputados, teria que voltar ao Senado para nova análise.
Mais tarde, o relator falou novamente com jornalistas e reiterou sua intenção. “Vou manter exatamente [o texto do Senado] devido à urgência na votação”. Ele acrescentou que estudou a possibilidade de incluir motoristas de aplicativo entre os beneficiados pela PEC, mas, devido à dificuldade de mapear esses profissionais e quantos seriam a mais para atender, mudou de ideia.
Atualmente, a proposta está na comissão especial, junto com a PEC 15, a chamada de PEC dos Biocombustíveis. À PEC 15 foi apensada a PEC 1, uma estratégia para acelerar a ida ao plenário da proposta relatada por Forte, uma vez que a PEC 15 já está tramitando na comissão especial.
A ideia de Forte é fazer a leitura do relatório na comissão especial ainda hoje, fazer o debate e votar nesta semana para poder levar a PEC ao plenário já na próxima semana.
“Vamos fazer a última audiência pública, vamos ler o relatório [na comissão especial] hoje e vamos fazer o debate. Estenderemos até quinta-feira, ou sexta, para concluir a votação. Vou cumprir minha tarefa, que é garantir o pagamento dos benefícios”, acrescentou o deputado, que considera possível apreciar a PEC no plenário da Câmara na semana que vem.
Proposta
A PEC traz um pacote de medidas para diminuir os impactos gerados pela alta dos combustíveis e aumentar o valor de benefícios sociais.
Inicialmente, o núcleo da proposta era compensar os estados e o Distrito Federal pela redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel, mas se transformou em uma proposta de emenda à Constituição para aumentar para R$ 600 o pagamento do Auxílio Brasil até o fim do ano e pagar uma espécie de vale combustível para caminhoneiros e taxistas.
A proposta também traz a possibilidade de decretação de estado de emergência, dispositivo que foi inserido no texto para o governo não correr risco de cometer crime eleitoral ao repassar benefícios assistenciais neste ano. A criação de tais benefícios é proibida em ano eleitoral. A única exceção é justamente durante a vigência de estado de emergência.
Publicado em 05/07/2022 – 18:00 Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil – Brasília
O Sintracoop (Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas/PR), na defesa dos trabalhadores em cooperativas nas suas bases de representação da categoria regional Noroeste do Estado do Paraná, assim como o Sintracoop de Maringá, todos os seus Sindicatos nas suas unidades, Ubiratã, Toledo, Mandaguari, Rolândia, Londrina, Campo Mourão, Goioerê, oferecem diversos benefícios aos seus associados, que vão muito além das negociações coletivas.
CONHEÇA MELHOR O SEU SINDICATO – SINTRACOOP
O Sintracoop em Maringá/PR, é um sindicato filiado a Fenatracoop (Federação Nacional dos Trabalhadores em Cooperativas).
Cerca de 2 milhões vão colaborar com o atendimento nas seções
A Justiça Eleitoral começou a convocar hoje (5) os mesários que vão trabalhar nas eleições de outubro. No pleito deste ano, cerca de 2 milhões vão colaborar com o atendimento ao eleitor nas seções eleitorais, nos postos de justificativa e no apoio logístico no primeiro e segundo turnos.
As pessoas que se inscreveram para trabalhar como mesários ou que foram convocados para prestar o serviço no dia da eleição vão receber um documento oficial da Justiça Eleitoral de forma física ou por aplicativo de mensagem e e-mail. O critério de comunicação será estabelecido por cada tribunal regional eleitoral (TRE).
Após a convocação, os mesários passarão por um treinamento virtual, no qual receberão informações sobre os procedimentos que deverão ser adotados durante a votação e soluções para eventuais problemas que podem surgir.
Eleitores menores de 18 anos não podem ser mesários, além de parentes de candidatos, integrantes de partidos políticos, ocupantes de cargos de confiança no Poder Executivo e servidores da Justiça Eleitoral.
O primeiro turno será realizado no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais.
Eventual segundo turno para a disputa presidencial e aos governos estaduais será em 30 de outubro.
Publicado em 05/07/2022 – 17:57 Por Agência Brasil – Brasília
BC informou que divulgação de estatísticas será retomada gradualmente
Após três meses de greve, os servidores do Banco Central (BC) aprovaram o retorno ao trabalho em assembleia sindical nesta manhã. A categoria voltará ao trabalho, mas pretende continuar o movimento com operações padrão, para tornar mais lentos projetos internos.
Por meio da assessoria de imprensa, o BC informou que a divulgação de estatísticas será retomada gradualmente. Ainda não há definição de datas, que serão comunicadas com cerca de 24 horas de antecedência.
Em nota, o Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinai) informou que, apesar do fim da greve, novas atividades de mobilização e protesto estão sendo debatidas no âmbito da categoria e serão divulgadas ao longo das próximas semanas. A entidade assegurou que o movimento não prejudicou a prestação de serviços essenciais ao longo dos últimos três meses.
“Desde o princípio, o movimento grevista ocorreu de maneira ordeira e responsável, garantindo a manutenção de serviços essenciais ao cidadão brasileiro, como o Pix”, destacou o texto. O sindicato informou que a mobilização “cumpriu seu papel”, porque o BC enviou ao Ministério da Economia propostas para a reestruturação da carreira, que envolve aspectos não salariais, e para a criação de uma gratificação por produtividade.
Os funcionários do BC ficaram em greve de 1º de abril até ontem (4), último dia possível para a entrada em vigor de aumentos salariais neste ano. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Congresso precisaria ter aprovado, até 30 de junho, reajustes que repusessem perdas com a inflação, com a lei entrando dois dias úteis depois, o que corresponderia a 4 de julho.
Para cumprir esse prazo, no entanto, o governo precisaria ter enviado um projeto de lei ou medida provisória ao Congresso no fim de maio ou na primeira semana de junho.
Reivindicações
Os funcionários do BC reivindicavam a reposição das perdas inflacionárias nos últimos anos, que chega a 27%. Eles também pediam a mudança da nomenclatura de analista para auditor e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC. Com a negativa do governo em conceder aumentos, eles se concentraram na elaboração de um novo plano de carreiras.
Em 19 de abril, a categoria suspendeu a greve, mas retomaram o movimento por tempo indeterminado desde 3 de maio. Desde então, só serviços considerados essenciais estão sendo executados, como as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), o Pix e a divulgação do déficit primário no primeiro quadrimestre.
A divulgação de estatísticas, como o boletim Focus (pesquisa semanal com instituições financeiras), o fluxo cambial, o Relatório de Poupança e a taxa Ptax diária (taxa média de câmbio que serve de referência para algumas negociações), foi suspensa ou ocorre com bastante atraso desde então. Projetos especiais, como a expansão do open finance e a segunda fase de consultas de saques de valores esquecidos, estão suspensos.
Desde o início do ano, diversas categorias do funcionalismo federal trabalham em esquema de operação-padrão ou fazem greve porque o Orçamento de 2022 destinou R$ 1,7 bilhão para reajuste a forças federais de segurança. No fim de abril, o governo confirmou que estudava um aumento linear de 5% para todo o funcionalismo, mas, no início de junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a concessão de reajustes em 2022.
Nas últimas semanas, servidores de órgãos federais em greve voltaram ao trabalho. As atividades foram retomadas no Tesouro Nacional, no Instituto Nacional de Serviço Social (INSS) e na Controladoria-Geral da União.
Publicado em 05/07/2022 – 17:35 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Paciente testou positivo para linhagens BA.1.1 e BA.2 em menos de um mês
Um boletim da Rede Corona-ômica.BR-MCTI, que promove a vigilância genômica das variantes da Covid-19 no Brasil, publicado em 5 de julho, apontou um caso de reinfecção pela doença por meio de diferentes linhagens em menos de um mês. Um paciente de 52 anos, residente em Canoas (RS), foi detectado com a linhagem BA.1.1 em uma coleta feita em 23 de maio, e reinfectado com a linhagem BA.2 em uma amostra de 8 de junho.
O material foi analisado pela Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale. O relatório da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI relata que um estudo recente, realizado na Dinamarca, mostrou que a BA.2 tem capacidade de reinfectar em um curto intervalo, entre 20 a 60 dias, após infecções iniciais.
O estudo promoveu o sequenciamento genômico de 84 amostras de SARS-CoV-2, coletadas entre outubro de 2021 e junho de 2022, em moradores seis municípios do Rio Grande do Sul e em viajantes que cruzaram a fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Os dados demonstram que a variante Ômicron, composta pelas subvariantes 21K (BA.1), 21L (BA.2), 22A (BA.4), 22B (BA.5) e 22C (BA.2.12.1), é predominante no país desde janeiro de 2022. Os dados recentes destacam a substituição da linhagem BA.1 pela BA.2 e um aumento na detecção da linhagem BA.5 e recombinantes entre os meses de maio e junho. O relatório aponta que as linhagens BA.4 e BA.5 já são as predominantes nos Estados Unidos.
O boletim conclui que as mudanças no padrão de linhagens salientam a importância da constante investigação genômica do coronavírus. Os dados foram disponibilizados em bases de dados nacionais e internacionais.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações 05/07/2022 17h24
O objetivo é proteger a população contra doença meningocócica do sorogrupo C e ampliar as coberturas vacinais
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a ampliação dos públicos aptos a receber a vacina meningocócica C (Conjugada). A partir de agora, trabalhadores da saúde e crianças até 10 anos podem se vacinar. A extensão do público-alvo vai até fevereiro de 2023 e tem o objetivo de proteger a população contra doença meningocócica do sorogrupo C, ampliar as coberturas vacinais e evitar a circulação da doença no país.
O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo indicadas duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade e um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade. Segundo a nova orientação do Ministério da Saúde, se a criança de até 10 anos não tiver se vacinado, deve tomar uma dose da meningocócica C. Já os trabalhadores de saúde, mesmo com o esquema vacinal completo, podem se vacinar com mais uma dose.
Apesar de a faixa etária em maior risco de adoecimento ser a de crianças menores de um ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença.
“Uma das principais medidas para a prevenção e controle da doença meningocócica do sorogrupo C, é a manutenção de elevadas coberturas vacinais tanto na população infantil como em adolescentes. A adoção dessa estratégia tem como objetivo aumentar a proteção contra a doença causada por esse sorogrupo, evitando a ocorrência de surtos, hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos”, disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Adriana Lucena.
Para essa estratégia, consideram-se todos os trabalhadores da saúde dos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade. Têm direito a receber o imunizante trabalhadores da Saúde que atuam em espaços e estabelecimentos de assistência e vigilância à saúde, sejam eles hospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios e outros locais. Assim, compreende tanto os profissionais da saúde – como médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontologistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de educação física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares – quanto os trabalhadores de apoio, como recepcionistas, seguranças, trabalhadores da limpeza, cozinheiros e auxiliares, motoristas de ambulâncias e outros. Ou seja, aqueles que trabalham nos serviços de saúde, mas que não estão prestando serviços diretos de assistência à saúde das pessoas. Incluem-se, ainda, aqueles profissionais que atuam em cuidados domiciliares como os cuidadores de idosos, doulas e parteiras. A vacina também será ofertada aos estudantes da área da saúde que estiverem prestando atendimento na assistência dos serviços de saúde.
Os serviços de saúde devem se atentar às recomendações quanto aos registros das doses. Da mesma forma que ocorre o registro de outras vacinas, o estabelecimento deverá garantir a identificação pelo CPF ou Cartão Nacional de Saúde (CNS); identificar o lote da vacina; registrar as aplicações no e-SUS APS ou, caso o imunizante não seja aplicado na Atenção Primária, o registro deve ser feito no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).
Além da vacina meningocócica C, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina ACWY, destinada a adolescentes de 11 e 12 anos de idade.
Ministério da Saúde 05/07/2022 15h21
Semeaduras da soja em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita
A Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou nesta terça-feira (05), no Diário Oficial da União, as portarias números 247 a 265 que estabelecem o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja.
O objetivo é reduzir os riscos relacionados a problemas climáticos e também o risco fitossanitário causado pela ferrugem asiática da soja. Os elementos climáticos que mais influenciam na produção da soja são a precipitação pluvial, temperatura do ar e fotoperíodo.
A época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam o rendimento da cultura da soja, ou seja, é ela quem determina a exposição da cultura à variação dos fatores climáticos limitantes. Assim, semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita.
Visando a prevenção e controle da ferrugem asiática, devem ser observadas as determinações relativas ao vazio sanitário e ao calendário de plantio, definidos pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Mapa. O estudo de Zarc levou em consideração, para indicação das janelas de semeadura, a Portaria SDA Nº 607 de 21 de junho de 2022, que estabelece os calendários de semeadura da soja referente à safra 2022/2023.
Com a publicação do Zarc da soja, a SPA/Mapa finaliza o cronograma de publicações de portarias das culturas de verão safra 2022/2023. Dessa forma, os produtores rurais e agentes financeiros têm uma segurança maior para o fechamento de contratos de seguro e crédito rural para a safra.
Para que serve o Zarc?
O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.
O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).
Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.
O Zarc foi publicado pela primeira vez na safra de 1996. Hoje, contempla os 26 Estados e o Distrito Federal, incluindo mais de 60 sistemas produtivos de cultivos agrícolas permanentes e anuais. Os estudos técnico-científicos são realizados por uma rede de pesquisa da Embrapa que conta com a participação de mais de 150 especialistas, em 32 centros de pesquisa da Embrapa e parceiros.
Período de emergência para culturas anuais no Zarc
As portarias de zoneamento para culturas anuais trazem, no item 5, a relação dos municípios aptos ao cultivo e períodos indicados para semeadura, uma nota informando que “o Zarc faz avaliações de risco para períodos decendiais (10 dias) de semeadura e assume que a emergência ocorra, majoritariamente, em até 10 dias após a semeadura. Para os casos excepcionais em que a emergência ocorrer com 11 ou mais dias de atraso em relação a semeadura, deve-se considerar como referência o risco do decêndio em que ocorreu a emergência.”
Assim, o estudo considera um limite em dias para o intervalo da semeadura até a emergência, períodos superiores ao descrito interferem na exposição de risco da cultura, portanto, para os casos excepcionais, deve-se considerar o risco indicado no decêndio que ocorreu a emergência, mesmo que a semeadura tenha ocorrido em outro decêndio.
Nova classificação dos solos no Zarc será implementada na safra 2023/2024
No decorrer do primeiro semestre de 2022, a Embrapa elaborou um novo estudo de Zoneamento para cultura da soja, baseado na Instrução Normativa SPA/MAPA nº 1, de 21 de junho de 2022, que estabelece o método para classificação do solo em função da sua Água Disponível (AD), os estudos foram validados em reuniões virtuais e contou com a participação de especialistas representantes de diversas entidades do setor agropecuário.
O novo conceito de classificação dos solos no Zarc altera a indicação de 3 classes de solos, método adotado até então inclusive para o estudo da soja recém publicado para safra 2022/2023, para 6 classes de armazenamento hídrico. A primeira cultura que terá o Zarc divulgado no novo formato de solos será a soja para safra 2023/2024.
Os estudos da soja com 6 classes de armazenamento hídrico de solos serão divulgados até dezembro de 2022 no “Painel de Indicação de Riscos”. A divulgação antecipada dos resultados da soja para safra 2023/2024 tem como objetivo permitir as adaptações necessárias, já que o novo formato altera a quantidade de informações de riscos.
A medida em que os estudos de Zarc são atualizados a nova metodologia de classificação dos solos é aplicada, dessa forma, portarias de Zarc publicadas no formato antigo continuam válidas até que a atualização ocorra e seja publicada uma nova portaria.
Aplicativo Plantio Certo
Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos: iOSe Android
Os resultados também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.
MAPA – 05/07/2022 11h37