Economia aceita volta do auxílio, mas pede corte de gastos Guedes quer condicionar retomada de benefício a aprovação de PEC pelo Congresso
Diante da pressão para retomar benefício, Paulo Guedes pretende negociar com o Congresso a aprovação de Proposta de Emenda Constitucional com medidas de ajuste que não avançaram em 2020, incluindo a redução de despesas com os servidores. Ministério da Economia discute uma nova rodada do auxílio emergencial para socorrer os brasileiros mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, mas antes quer um acordo com o Congresso para aprovação rápida de medidas de corte de gastos. As negociações só devem avançar depois das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, em 1.º de fevereiro. Os principais candidatos nas eleições. A posição dos quatro principais candidatos à presidência de Câmara e do Senado, favoráveis à nova rodada do auxílio em meio ao avanço da covid-19, está forçando o governo a rever os planos, ao mesmo tempo que cresce a pressão para o governo acelerar as negociações para adquirir vacinas para imunizar a população e destravar a economia. Diante da constatação do agravamento da segunda onda da covid-19, o que se considera é que o pedido do crédito, se bem fundamentado, poderá ser aceito pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF). A posição da SOF é relevante porque sempre houve resistência dos técnicos em assinar um crédito extraordinário, que exige que os recursos sejam direcionados para gastos imprevisíveis. Como a pandemia não é mais imprevisível, essa dúvida sempre foi levantada. Mas a piora da covid e as novas medidas de restrições em grandes cidades estão mudando o quadro. Nesse caso, o governo pretende dar uma sinalização na direção da redução da dívida pública. Para isso, Guedes e sua equipe contam com a devolução antecipada de recursos emprestados pelo Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal. A dívida pública em 2020 deve ficar mais baixa do que o previsto.
O Estado de S. Paulo
- Economia aceita volta do auxílio, mas pede corte de gastos
- Vacinação em massa é ‘decisiva’, afirma Guedes
- Arrecadação tem o pior resultado em 10 anos em 2020
- Xi Jinping defende multilateralismo
- Ordem de Biden é comprar os ‘made in USA’
- Falta de acordo sobre doação ao SUS emperra compra de vacina por empresas
- Após 5 anos, Apple volta a ser marca mais valiosa
- Só duas marcas brasileiras no ‘top 500’
- Gastos de anos anteriores pressionam Orçamento
- Vaga na Eletrobrás abre disputa na energia
- ‘Vazamento pode ser o mais lesivo do Brasil’
- Ferreira sai por resistência à capitalização da empresa
- Cidadãos têm pouco a fazer, dizem especialistas
- Senacon e Procon notificam Serasa
- ‘O establishment não quer as privatizações’
- Após vacinação, Israel tem 60% de queda na internação de idosos
- Moderna testará injeção extra contra variantes
O Globo
- Na mira do centrão
- Analítico – MARCELLO CORRÊA: Leilões de estatais no governo Bolsonaro parecem ter caído por terra de vez
- BNDES prepara concessão de 26 parques naturais
- Para analistas, sem capital privado, companhia corre risco de ficar menor
- Presidente da China alerta para o risco de uma ‘nova Guerra Fria’
- Vacinação é ‘decisiva’ para economia, diz Guedes
- Coalizão contra o racismo reúne Coca-Cola, P&G e outras 46 empresas
- De saída, Ferreira Jr. cobra envolvimento de Bolsonaro na privatização
- Leilões, corte de custos e atrito com funcionários
Folha de S. Paulo
- Brasil deve ter mais 15 milhões de doses em fevereiro
- Saúde dá aval à compra de vacinas por empresas para dividir com SUS
- Rondônia transfere pacientes para outros estados
- Na mira do centrão
- Leilões de estatais no governo Bolsonaro parecem ter caído por terra de vez
- BNDES prepara concessão de 26 parques naturais
- Para analistas, sem capital privado, companhia corre risco de ficar menor
- Presidente da China alerta para o risco de uma ‘nova Guerra Fria’
- Vacinação é ‘decisiva’ para economia, diz Guedes
- Coalizão contra o racismo reúne Coca-Cola, P&G e outras 46 empresas
- De saída, Ferreira Jr. cobra envolvimento de Bolsonaro na privatização
- Leilões, corte de custos e atrito com funcionários
69% não têm substituto para auxílio
38% afirmam ter conseguido economizar parte do dinheiro, aponta Datafolha. Dos que receberam o auxílio emergencial, 69% não encontraram outra fonte de renda para substituí-lo, aponta o Datafolha. Segundo a pesquisa, 40% da população solicitou o benefício.Entre os brasileiros que tiveram direito ao serviço, 89% já receberam a última das parcelas. Declaram ter economizado recursos para quando ele terminasse 38% dos beneficiados.O levantamento mostra ainda que, com o fim do pagamento da ajuda para a maioria, cresceu o percentual de famílias que tiveram queda na renda devido à pandemia.De acordo com o levantamento, 40% da população solicitou o auxílio. Entre os que tiveram direito a ele, 89% já receberam a última parcela.Afirmaram ter economizado recursos para quando o auxílio terminasse 38% dos beneficiados. Na média, foram pagas 4,5 parcelas do auxílio a cada beneficiado. A pressão por novos gastos se deve à demora para a vacinação da população e ao aumento das medidas de distanciamento social.
Estados críticos contra o vírus
Covid-19 deu volta ao mundo enquanto governos ainda calçavam os sapatos. Falhou tudo. Testes, rastreios, isolamentos. O sistema de saúde não foi reforçado em tempo útil com o setor social e privado. Não houve preparação para a segunda onda que todos os cientistas avisaram que chegaria em outubro. E a demora na vacinação põe o país abaixo da média europeia.
Sem falar do comportamento errático das lideranças sanitárias e políticas. As primeiras, quando ouviram falar do vírus, garantiram que ele jamais chegaria até nós. Depois, quando chegou, garantiram que o uso de máscaras não era necessário porque dava apenas “uma falsa sensação de segurança”.O governo esteve ao mesmo nível: proibia ajuntamentos para o cidadão comum e abria exceções para congressos partidários ou corridas de Fórmula 1. O que a pandemia revelou é que os Estados do Ocidente, ao contrário do que aconteceu com o Oriente no caso da Coreia do Sul ou de Singapura (a China joga em outro campeonato), não foram capazes de cumprir a sua função essencial: proteger a população. Nesse sentido, a Covid-19 apenas acelerou uma “crise do Estado” que já vinha de trás e que, cedo ou tarde, seria exposta de forma tão cruel.Para os autores, essa crise tem várias causas —o desinteresse dos mais preparados pela política, que abre espaço para o triunfo dos medíocres; a burocracia crescente que impede qualquer ação eficaz em tempo útil; a captura do Estado por lobbies diversos que o parasitam e sugam.Mas o Estado também entrou em crise à medida que foi sendo sobrecarregado com todas as tarefas da nossa vida política e social —das mais soberanas às mais minúsculas. Para evitar um destino igual, reinventar o Estado para o século 21 é tão importante como foi a criação do Estado-nação para os séculos 16 e 17 (que pôs fim à rivalidade destrutiva do baronato medieval); do Estado liberal para os séculos 18 e 19 (que limitou ou aboliu o poder absoluto dos reis); e do Estado de bem-estar social para o século 20 (que resgatou da pobreza os eternos “invisíveis” da sociedade). A pandemia mostrou a necessidade de Estados mais ágeis, mais profissionais, capazes de atrair os melhores (e afastar os piores), centrados nas suas funções essenciais (defesa, justiça, saúde, educação), rigorosos nos gastos e em colaboração permanente com os casos de excelência da sociedade civil, das universidades e do setor privado. Se isso não acontecer, a trilha sonora que infelizmente acompanha os meus dias e as minhas noites —sirenes de ambulâncias cruzando as ruas de Lisboa— só aumentará de intensidade no futuro.
Valor Econômico
- Mercado já não crê que governo vá vender Eletrobras
Renúncia de Wilson Ferreira Júnior da presidência da Eletrobras praticamente põe fim às esperanças do mercado quanto à privatização da gigante estatal elétrica - Endividamento bate recorde em 2020
Economistas preveem aumento na inadimplência, mas não para níveis vistos há cinco anos - Puxado por pandemia, resultado da arrecadação é o pior desde 2010
Receita tributária tem que queda em 2020, mas resultado de dezembro, em alta, reforça otimismo da equipe econômica para este ano - O dinheiro apareceu, o investimento não
O mercado de capitais parece ter compensado redução do BNDES, mas recursos não se traduzem em mais investimentos na economia - Alta de alimento “mascara” inflação baixa em serviços
Segmento tem alta de apenas 1,73% no ano, a menor desde 1999 - Imunização em massa será ‘decisiva’ para economia ‘voar novamente’, diz Guedes
Ministro diz que desempenho econômico do país pode surpreender “de novo” caso a taxa de mortalidade da covid-19 caia - Em carta à AstraZeneca, governo dá aval para compra privada de vacinas
Lote a ser adquirido é mais caro que o negociado pelo governo e metade será destinado ao SUS - A distopia de uma fila paralela para a vacina
Não há saída fora do sistema de saúde pública - Atraso de vacinas deve adiar normalização na Europa
Falta de vacinas torna improvável que a UE atinja a meta de vacinar 70% da população até o meio do ano. Isso devbe adiar a normalização das ativdiades na região e a recuperação da economia - Já nos EUA, Biden fala em acelerar a vacinação
Até domingo, o governo federal americano tinha distribuído 41,4 milhões de doses aos Estados e outras jurisdições. Desse total, foram administradas 21,8 milhões de doses, ou cerca de 53% - Piora da pandemia vai adiar a recuperação econômica, diz o BCE
Falando na sessão virtual deste ano do Fórum Econômico de Davos, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o iníco da retomada está sendo “atormentado por um alto nível de incerteza” - Em recado a Biden, Xi alerta contra guerra fria
Em seu primeiro pronunciamento público desde a posse de Joe Biden como presidente dos EUA, Xi advertiu que uma “nova guerra fria” deve ser evitada e que não se pode estimular “isolamento arrogante” porque isso só resultaria em mais confrontação - EUA preparam nova meta climática, diz Kerry
São necessários US$ 70 bilhões anuais para suprir as necessidades globais de adaptação à mudança do clima, diz ONU - É possível conciliar novo auxílio com o teto de gastos
Acelerar a votação das PECs é imprescindível para sustentar eventual auxílio e o próprio teto - A covid 19 contra-ataca
No curto prazo não sobra alternativa de defesa senão uma outra rodada de estímulos econômicos, inclusive transferência de renda para os mais pobres - Moderna desenvolve novo imunizante para enfrentar mutação da covid-19
Laboratório alertou para a menor eficácia de seu atual produto na imunização da cepa surgida na África do Sul - Vacina da AstraZeneca teria só 8% de eficácia em idosos
Segundo a mídia alemã, esse percentual do desemepenho do imunizante atinge adultos acima de 65 anos - Grãos mais caros puxam forte alta de custos de produção de suínos no país
Em 2020, despesas acumularam alta de 47,2%, diz Embrapa - Ainda lenta, colheita de soja avança em MT
Quadro exige atenção, mas já dá sinais de que o impacto de adversidades climáticas sobre as lavouras pode ser menor que o esperado, diz Agroconsult
A Secretaria Estadual da Saúde divulgou nesta segunda-feira (25) Nota de orientação com medidas para prevenção da disseminação de variantes do novo coronavírus. São recomendações aprovadas pelo Centro de Operações de Emergências (COE) da Secretaria da Saúde do Paraná, com o objetivo de informar profissionais sobre estas ocorrências.
Segundo a Anvisa, a identificação de nova variante se deu por meio de sequenciamento genômico viral, após ser observado aumento de mais de três vezes na taxa de notificação de casos no Reino Unido, em uma única semana, no mês de dezembro. Resultados preliminares de estudos sugerem que a variante é significativamente mais transmissível, com um aumento estimado de até 70%.
A Nota de orientação, com número 01/2021, que especifica procedimentos relacionados ao novo coronavírus. “Devido ao alto poder de transmissão da variante, ressalta-se a importância das medidas de controle e prevenção da disseminação do vírus já estabelecidas, destacando a quarentena para pessoas procedentes de locais de risco”, diz a Nota.
Especial atenção deve ser dada à investigação clínica de pacientes suspeitos de Covid-19, com histórico de viagem ao exterior ou ao território nacional nos últimos 14 dias. A nova variante já identificada em Manaus possuiu duas mutações. Outras variantes também foram identificadas na África do Sul e na cidade do Rio de Janeiro.
“O Paraná está atento a estes casos, alertando e orientando os profissionais que atuam na área da saúde, principalmente em relação a informações sobre procedência do paciente que busca os serviços de saúde. São dados fundamentais e que devem constar na ficha de investigação epidemiológica dos Sistemas de Informação Notifica Covid-19”, informou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Assim que o paciente é identificado como vindo de áreas onde a variante está circulando deve ser encaminhado para coleta de amostras, que são feitas separadamente e enviadas ao Laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
PREVENÇÃO – Além de orientar sobre a investigação, a Nota de orientação trata também das medidas de prevenção e controle da disseminação da variante genética do SARS-CoV-2, indicando condutas a serem tomadas junto a pacientes sintomáticos, assintomáticos, hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave, contatos domiciliares e contatos próximos.
O documento ressalta, ainda, orientações relacionadas à prevenção que devem ser adotadas nos ambientes de trabalho. De acordo com a Nota, as empresas devem “monitorar, diariamente, a condição de saúde dos trabalhadores que se deslocam para áreas consideradas de risco para a circulação da variante”.
“As empresas devem ter protocolo para testagem e isolamento de todos os trabalhadores e visitantes viajantes brasileiros ou estrangeiros que retornarão à empresa. Estes devem apresentar teste RT-PCR negativo antes de voltar ao trabalho”.
Fonte: AEN/PR – 25/01/2021 14:13
Curso técnico cresce com desemprego e pandemia
Número de matrículas nos cursos profissionalizante e técnico, além dos chamados ‘cursos livres’ deu um salto no País diante da urgência do brasileiro de se recolocar ou de ingressar no mercado de trabalho que já conta com 14 milhões de desempregados.Rápidos e relativamente baratos, ensinos técnico e profissionalizante, além de cursos livres, têm registrado aumento de procura na pandemia. Em geral, os interessados são jovens em busca do primeiro emprego e trabalhadores à procura de recolocação. Só no Senai, o aumento nas matrículas foi de 64% em cursos online no ano passado, em comparação com 2019. (O Estado de S. Paulo)
O Estado de S. Paulo
- Pandemia e desemprego movimentam mercado de ensino profissionalizante
- Fundos querem consolidar ensino profissional
- Dimep inova em home office e bate ponto na pandemia
- Venda de ações leva polêmica ao BNDES
- VW busca indenização por falta de chips
- Jovem busca curso técnico para 1º emprego
- Estudo aponta que diesel no Brasil é um dos mais caros
- Morte por covid tira R$ 5 bi das famílias
- Nem pense em se desfazer do investimento em moedas estrangeiras
- ‘Para 2021, vamos tirar a névoa da frente’
- Empresas da Lava Jato têm ‘onda’ de mudança de marca
- Países ricos pagarão conta por falta de vacina para nações pobres, diz estudo
- Com número limitado de doses, prefeitos disputam vacinas
- Carta à Pfizer expõe gestão ineficiente, dizem especialistas
- Cidade goiana muda ordem da fila e antigo prefeito é 1º imunizado
- Rondônia vai transferir pacientes com covid, diz governo
- No Enem, 3 milhões faltam e abstenção sobe para 55,3%
- Após 2 anos, buscas por onze vítimas continuam
- São Paulo tem novas restrições a partir de hoje
O Globo
- Na pandemia, exclusão digital agrava desigualdade
- ‘Internet é um direito fundamental’
- Educação financeira não pode ser deixada de lado
- Fortuna de mais ricos volta a nível pré-Covid em 9 meses
- ‘A nossa vacina pode mudar o rumo da pandemia no Brasil’
- Ausência pandêmica
Folha de S. Paulo
- Cidades com melhor desempenho no emprego receberam mais auxílio
- Dados de heranças podem auxiliar em discussão sobre tributo
- Confiar na economia é central para superar crise, diz Davos
- Startup procura negro para presidir operação da empresa no Brasil
- Ibope Inteligência irá encerrar as atividades no fim de janeiro
- Na índia, campanha de vacinação vê resistência de profissionais de saúde
- País lança campanha para desfazer receio com fármacos
- Poluição volta a Velho normal’ em SP após melhora inicial com quarentena
- STF dá mau exemplo no combate à pandemia
- Em colapso, RO anuncia transferência de doentes e pede médicos
- Crise se amplia após governo reconhecer recusa de vacina
- Pressionado para sair, Pazuello viaja a Manaus sem ‘voo de volta’
- Investidor precisa de mais diversificação para vencer a inflação, dizem analistas
Geração de vagas foi maior em cidades com mais auxílio
Municípios com cobertura acima da média nacional têm saldos positivos de vagas na pandemia. Entre as 500 cidades com melhor desempenho na geração de empregos com carteira assinada de março a novembro do ano passado, 357 têm mais beneficiários do auxílio emergencial do que a média nacional.A lista é composta principalmente por cidades pequenas, que representam 1% do mercado de trabalho.Dos 500 municípios do ranking, praticamente a metade (247) está no Nordeste.No período, o Brasil perdeu 112 mil postos de trabalho, mas, onde a cobertura do auxílio ficou acima da média, houve um saldo positivo de 105 mil vagas.
Rondônia registra colapso e transfere doentes com Covid
Além de leitos, faltam médicos. O número de infectados nas últimas três semanas saltou de 270 para 1.422. Sem vagas para mais atendimentos, ele fez ainda um apelo para que médicos vão até o estado ajudar as equipes de saúde.“Temos equipes, mas tem uma profissão que faz grande falta: os médicos, aqueles que vão comandar essas equipes. Eu faço um apelo ao senhor doutor, a senhora doutor que, por favor, venha nos ajudar, ajudar os rondonienses porque nós temos os leitos, mas está faltando o senhor e a senhora para ajudar os demais integrantes da equipe de saúde”, afirmou. Segundo Rocha, um contato feito ontem com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o governo federal deve transferir pacientes e ajudar a desafogar a rede de saúde sem vagas para novos pacientes. No sábado, 543 pessoas estavam internadas tratando a doença em hospitais de Rondônia.
Empresas pedem aval para comprar 33 milhões de vacinas
Empresas privadas brasileiras negociam com o governo uma autorização para importar 33 milhões de doses da vacina de Oxford/Aztrazeneca. Segundo empresários, as tratativas ocorrem com o Ministério da Saúde. O plano é que a pasta edite um ato descrevendo as condições para a liberação. Pelo acordo em andamento, metade do total dos imunizantes seria doado ao SUS (Sistema Único de Saúde). O restante iria para funcionários e familiares das companhias que fazem parte da negociação.
Valor Econômico
- Piora da pandemia eleva pressão por novo auxílio
A piora no quadro deu início a um movimento de revisão das estimativas mais positivas para o PIB do Brasil - Perspectiva para o 1º trimestre é de retração
A intensificação da pandemia afetou os mercados, com possibilidade de turbulências a curto prazo, analisam economistas - Funai muda regra sobre identidade indígena
Entidade diz que medida tem objetivo de evitar fraudes em programas sociais ou em pedidos de titulação de terras - A volta do auxílio emergencial
Retorno do benefício faz sentido, em cenário de recrudescimento da pandemia e vacinação incerta, mas é preciso que seja acompanhado por medidas que enfrentem expansão das despesas obrigatórias - País supera marca de 217 mil mortos por covid-19
Total de pessoas infectadas no Brasil se aproxima de 9 milhões - Piora da pandemia dá início a onda de revisões para o PIB
Parte dos analistas diz que restrição à atividade reduzirá expansão neste ano de 4% a 4,5% para 2% a 3% - Auxílio evitou taxa de desemprego maior, diz estudo
Quase 500 mil pessoas saíram da força de trabalho no segundo trimestre de 2020 em função do benefício. Governo já espera retração econômica no 1° trimestre
Avaliação é de que início do ano será muito difícil para a economia. Bolsonaro quer vincular auxílio a PEC emergencial. Governo busca espaço no Orçamento para estender ajuda - TCU deve aprovar crédito extra de 2020
Governo também não precisará respeita limite de restos a pagar - Empresários veem crise política minar chances de retomada do crescimento
Executivos que apoiavam governo criticam falta de organização para vacina e temem novo auxílio emergencial - Sem máscara, Bolsonaro passeia em Brasília
Presidente continua a desobedecer regras sanitárias, apesar da pressão da sociedade civil contra discurso negacionista em relação à pandemia - Com a pandemia, mundo vê menor fluxo de investimentos em 30 anos
Levantamento preliminar da Unctad mostra que o fluxo global de IED foi US$ 630 bilhões menor do que em 2019, ou 30% mais baixo do que na crise financeira global de 2009 - Brasil tem queda de 50% no investimento estrangeiro
Queda de 50% no investimento estrangeiro direto para o país reflete não apenas o impacto da crise da covid, mas também problemas estruturais da economia brasileira, segundo a Unctad - Atraso da vacinação nos países pobres ameaça as economias desenvolvidas
Se os programas de vacinação nos países em desenvolvimento continuarem no ritmo atual, as economias avançadas se depararão com perdas de até US$ 2,4 trilhões, ou 3,5% de seu PIB antes da pandemia, em razão de interrupções nas cadeias de fornecimento e no comércio mundial, alerta a OMS - Economistas alertam para piora da desigualdade com a pandemia
A desigualdade extrema não é inevitável, mas uma escolha política, diz estudo da Oxfam - Alta do dólar reflete a má situação fiscal do país
O Brasil deve perder o bonde da ampla liquidez global, deixando de atrair preciosos investimentos estrangeiros - AIE propõe emissão líquida zero em 2050 para setor energético
Para Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia, obter a neutralidade em carbono em 30 anos permitirá atingir as metas climáticas dos Acordo de Paris. Objetivo é ambicioso, mas factível, diz ele. - Novos operadores do refino devem despontar no país a partir de 2021
Empresas avaliam ativos da Petrobras, mas também projetos de novas refinarias - Senacon vai acompanhar reajuste de convênio médico
Com cobrança retroativa, aumento do plano de saúde chega ultrapassar 50% - ‘Ritmo de vacinação será importante para retomar crescimento’
Banco tem uma projeção otimista de crescimento do PIB de 4,3% para este ano - Consciência da nova geração torna ESG irreversível, diz Barbosa
Para executivo, a sustentabilidade ganhou força porque a nova geração está mais preocupada com esses valores - Aposentados obtêm direito à isenção de IR
Decisões judiciais beneficiam pessoas com câncer de pele, alzheimer e cegueira monocular - Sem eventos e feiras, turismo de negócios demora a se recuperar
Retorno do movimento depende da agenda de vacinação contra a covid-19
Empresas privadas brasileiras negociam com o governo uma autorização para importar 33 milhões de doses da vacina de Oxford/Aztrazeneca. Segundo empresários, as tratativas ocorrem com o Ministério da Saúde. O plano é que a pasta edite um ato descrevendo as condições para a liberação. Pelo acordo em andamento, metade do total dos imunizantes seria doado ao SUS (Sistema Único de Saúde). O restante iria para funcionários e familiares das companhias que fazem parte da negociação.
DAR AS MÃOS
De acordo com quem está na articulação, estão no grupo para adquirir as vacinas ao menos 12 firmas, entre as quais a Gerdau. A ideia é aumentar o número de empresas incluir quem tiver interesse. Cada uma receberia o equivalente ao que comprou.
CONDUTOR
Os 33 milhões de doses —a unidade é estimada US$ 23,79— são a quantidade disponibilizada pela Aztrazeneca e poderiam chegar ao Brasil em fevereiro. Segundo empresários, a conversa com o farmacêutica é conduzida pelo grupo Dasa, que detém laboratórios.
DÚVIDA
No início do mês, o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) disse que a prioridade seria o SUS e “uma vez supridas” as demandas do sistema, as empresas poderiam comprar vacinas disponíveis. Segundo empresários, o governo sinalizou que liberaria a importação. Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu. A Dasa também não.
INVERSO
Estudo publicado pelo IPEA intitulado “A segunda onda da pandemia (mas não do distanciamento físico)” mostra que o aumento no número de casos e óbitos por Covid-19 não tem provocado o endurecimento de regras de isolamento pelos estados.
DECRESCENTE
Segundo a pesquisa, a taxa de rigor das medidas para evitar aglomerações caiu de 6,3 para 2,9 de abril a dezembro de 2020 em uma escala de 1 a 10 —queda de 54%—ao passo que as mortes subiram de 27 para 92 por milhão de habitantes.
NOTA: Na continuidade da matéria sobre política sem isenção. Para estas informações, acesse o conteúdo no Jornal:
Folha de S.Paulo 25 Janeiro 2021 Por: Camila Mattoso painel@grupofolha.com.br com Guilherme Seto, Nathália Garcia e Julia Chaib
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste domingo (24) 1.814 novos casos confirmados e 40 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.
Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 519.953 casos confirmados e 9.325 mortos em decorrência da doença.
Os casos divulgados neste domingo são de janeiro de 2021 (1.768) e dos seguintes meses de 2020: março (1), setembro (1), outubro (3), novembro (19) e dezembro (22).
INTERNADOS – 1.293 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.071 pacientes em leitos SUS (570 em UTI e 501 em leitos clínicos/enfermaria) e 222 em leitos da rede particular (94 em UTI e 128 em leitos clínicos/enfermaria).
Há outros 1.354 pacientes internados, 529 em leitos UTI e 825 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.
ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 40 pacientes. São 13 mulheres e 27 homens, com idades que variam de 12 a 103 anos. Os óbitos ocorreram entre 2 de novembro de 2020 a 24 de janeiro de 2021.
Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (14), Foz do Iguaçu (4) e Reserva (2).
A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Anahy, Candói, Carambeí, Cascavel, Céu Azul, Clevelândia, Coronel Vivida, Fazenda Rio Grande, Guarapuava, Imbau, Imbituva, Jaguariaíva, Laranjeiras do Sul, Maringá, Ponta Grossa, Rio Azul, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais, São Pedro do Iguaçu e Toledo.
FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 4.037 casos de residentes de fora, 70 pessoas foram a óbito.
Fonte: AEN/PR – 24/01/2021 15:33
O Governo do Estado finalizou, neste domingo (24), a entrega das 86.500 doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o Laboratório AstraZeneca para as 22 Regionais de Saúde do Paraná. Distribuída em tempo recorde, menos de oito horas, a distribuição deste segundo lote vai permitir que os 399 municípios do Paraná possam começar a aplicar os imunizantes contra a Covid-19 a partir das 8h desta segunda-feira (25), em todas as 1.850 salas de vacinação espalhadas pelo Estado.
O primeiro lote, formado pelo imunizante CoronaVac do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, chegou aos municípios na semana passada. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o processo de distribuição das 132.771 doses para todas as regionais levou cerca de 27 horas.
“A vacina está à disposição de todos, em um processo muito rápido coordenado pela Saúde do Paraná. Demonstra a preocupação do Governo do Estado em fazer com que essa proteção chegue logo a todos os paranaenses possíveis”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Desde que os imunizantes desembarcaram no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), por volta das 23h15 de sábado (23), foram cerca de 15 horas até a chegada à última divisão da Sesa-PR, em Ivaiporã, no Vale do Ivaí.
DISTRIBUIÇÃO – Logística que contou com o transporte para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), em Curitiba, verificação do produto, divisão do estoque por regional e carregamento de caminhões e aeronaves com destino às 22 subdivisões da secretaria. O primeiro caminhão saiu do Cemepar com destino ao Aeroporto do Bacacheri às 6h30 deste domingo. Por volta das 14h25, todas as regionais já estavam abastecidas com a vacina de Oxford.
Algumas das seções, como as que representam as cidades da Região Metropolitana de Curitiba, Litoral, Irati, Francisco Beltrão e Campo Mourão, por exemplo, terminaram o repasse para as prefeituras municipais antes mesmo do meio-dia. “A vacina é a esperança. Ainda não são na quantidade que nós esperamos, mas temos certeza que o Ministério da Saúde irá regularizar para que não exista gargalos nesta distribuição”, destacou Beto Preto.
Além da saída das cargas de Curitiba para o interior do Estado, no Aeroporto do Bacacheri, o secretário acompanhou pessoalmente a chegada dos imunizantes em seis regionais: Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Cascavel, Toledo, Maringá e Apucarana. Em todas as cidades, ele reforçou o pedido para tratar os profissionais da linha de frente com prioridade absoluta. “Gente que está há mais de dez meses cuidando dos outros, se dedicando ao máximo para contornar os efeitos desta doença tão devastadora”, disse.
TERCEIRO LOTE – O secretário disse ainda que o processo de vacinação ganhará ainda mais agilidade nos próximos dias. Segundo ele, está programado pelo Ministério da Saúde a divisão de outras 900 mil doses de CoronaVac entre todos os estados do País e o Distrito Federal ainda nesta semana. A estimativa, afirmou o secretário, é que aproximadamente 40 mil doses sejam encaminhadas para o Paraná.
“Outras 3,9 milhões de doses imunizantes, também desenvolvidas pelo laboratório chinês Sinovac, devem chegar até o fim do mês”, afirmou. “Queremos que o fluxo seja contínuo, sem interrupções”.
O lote integra as 4,8 milhões de doses emergenciais autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na sexta-feira (22). No total, confirmado os números da terceira remessa, o Paraná vai contabilizar cerca de 600 mil doses. “Dá para garantir a vacinação dos mais de 272 mil profissionais da saúde que temos no Paraná”, destacou Beto Preto.
DA ÍNDIA PARA O PARANÁ – A remessa com pouco mais de 86 mil doses é a parte que cabe ao Paraná dos 2 milhões de imunizantes importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. Ela vai ampliar o alcance da proteção ao chamado grupo prioritário, formado por profissionais de saúde, pessoas em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), pessoas com deficiência severa e indígenas. A definição de prioridade segue o Programa Nacional de Imunização, do Governo Federal.
A diferença entre as vacinas CoronaVac e AstraZeneca, explicou Beto Preto, se dá em relação ao prazo de aplicação entre uma dose e outra, já que ambas preveem duas imunizações.
Enquanto a CoronaVac necessita de três semanas, a vacina de Oxford pede espaço de quatro meses. Assim, o primeiro lote, formado pelo imunizante da Sinovac, foi dividido em duas partes iguais, garantindo as duas doses para quem for receber.
No caso da AstraZeneca será usada todas as vacinas para pessoas diferentes, já que estão previstas a chegada de novas remessas ao Paraná neste intervalo de 120 dias. Ou seja, considerando a taxa de 5% de descarte, mais de 80 mil paranaenses receberão a primeira dose agora.
O armazenamento de todos os imunizantes está sendo feito no Cemepar, que conta com ampla estrutura de freezers e câmaras frias, além de questões de segurança.
PLANO – Segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, que segue a mesma linha do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, na primeira etapa da vacinação serão imunizados profissionais da saúde que aplicarão as vacinas, pessoas com mais de 60 anos que residem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e os profissionais que atuam nos locais, população indígena, pessoas com deficiência severa e trabalhadores que atuam em unidades de saúde que atendem pacientes com suspeita ou confirmação da infecção pelo novo coronavírus.
A definição de grupos prioritários seguiu critérios do Ministério da Saúde, como tempo de contato (ou exposição) com os pacientes infectados pela Covid-19 e pessoas com maior risco de complicações pela infecção causada pelo Sars-CoV-2.
Na sequência, o Estado planeja vacinar pessoas com 80 anos ou acima desta idade, pessoas entre 75 e 79 anos e assim sucessivamente, até aqueles que têm idade variando entre 60 e 64 anos. Com a quantidade de doses disponibilizadas, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão é vacinar o total de 4.019.115 pessoas até maio de 2021. A vacinação ocorrerá de acordo com o recebimento dos imunizantes, de forma gradual e escalonada.
O Paraná tem 1.850 salas de vacinação nos 399 municípios. A quantidade de locais varia em cada cidade de acordo com o tamanho da população. Os municípios são responsáveis pela gestão dos profissionais para aplicação das doses da vacina.
QUANTIDADE POR REGIONAL – As doses da vacina da AstraZeneca para cada Regional de Saúde:
1ª RS – Paranaguá – 1.730
2ª RS – Metropolitana – 28.530
3ª RS – Ponta Grossa – 4.090
4ª RS – Irati – 920
5ª RS – Guarapuava – 2.610
6ª RS – União da Vitória – 990
7ª RS – Pato Branco – 1.690
8ª RS – Francisco Beltrão – 2.570
9ª RS – Foz do Iguaçu – 3.410
10ª RS – Cascavel – 6.000
11ª RS – Campo Mourão – 2.370
12ª RS – Umuarama – 2.040
13ª RS – Cianorte – 1.050
14ª RS – Paranavaí – 2.130
15ª RS – Maringá – 6.670
16ª RS – Apucarana – 2.600
17ª RS – Londrina – 8.920
18ª RS – Cornélio Procópio – 1.590
19ª RS – Jacarezinho – 2.150
20ª RS – Toledo – 2.640
21ª RS – Telêmaco Borba – 880
22ª RS – Ivaiporã – 920
TOTAL – 86.500
Fonte: AEN/PR 24/01/2021 15:19
Fiocruz deve ter insumo de vacina só em 8 de fevereiro
Fundação já fala em nova importação de doses; lote de 2 milhões de unidades da Índia deve chegar a Estados hoje, com prioridade ao AM. Previsão era de que matéria-prima da vacina de Oxford chegasse ainda em janeiro. Fiocruz negocia importação de novo lote do imunizante. Doses que chegaram na sexta já seguiram para os Estados.Além do tempo de produção do imunizante a partir do IFA, justificou a Fiocruz ao MPF esta semana, as doses fabricadas nacionalmente precisarão passar por testes de qualidade que demorarão quase 20 dias.Está prevista a compra do IFA chinês em dois lotes, com intervalo de duas semanas entre eles. Cada um trará produto suficiente para produzir 7,5 milhões de doses – ao todo, 15 milhões. A produção, porém, pode ser acelerada. A capacidade da Fiocruz de produzir vacinas é maior do que a quantidade a ser importada.Em março, a Fiocruz produzirá as primeiras doses, ainda com insumo importado. A partir de abril, começará a produzir o IFA. A previsão é fabricar 100,4 milhões de doses até julho. No fim do ano, devem ser produzidos mais 110 milhões. Distribuição. (O Estado)
O Estado de S. Paulo
- Estados e municípios burlam a lei e dão reajuste a servidores
- ‘Tudo indica que é um desvio de finalidade’
- Estados em crise usam brechas para contratar
- Só 23% do campo usa internet na produção
- Ilha de excelência em Jaíba, no norte de Minas
- Vale concentra expansão na Região Norte
- Injeção de recursos de royalties no Pará gera paradoxo
- Brasil vacina mais que vizinhos, mas perde para turcos
- Medo do vírus, trabalho e falta de aula: as faces da abstenção recorde do Enem
- Amazonas endurece restrições de circulação
- Papa ressalta jornalismo e faz alerta contra a desinformação
- Fiocruz prevê ter insumos da vacina de Oxford só dia 8
O Globo
- Plano no escuro: Investimento e contratação dependem de previsibilidade
- Na Bolsa, corrida de farmacêuticas produziu milionários
- Em compasso de espera
- Da distribuição à aplicação
- Fiocruz libera doses, e governo distribui vacina de Oxford
- Amazonas amplia restrições para frear avanço da Covid-19
Folha de S. Paulo
- Eleição na Câmara vai definir apoio dado por empresários a Bolsonaro
- O que querem os empresários
- Secretários pedem auxílio emergencial
- Trabalhador de construção e indústria vira prioridade por vacina
- Pandemia realça diferença de custos para as indústrias entre capital e interior de SP
- Está circulando muita informação errada sobre o WhatsApp
- Na AL, só Venezuela tarifa importações mais que Brasil
- Jair Bolsonaro evita Fórum Econômico Mundial de novo
- Médicos relatam efeitos graves da ‘terapia precoce’ para Covid-19
Não deixe de tomar todas as vacinas
Enquanto adultos mais velhos anseiam pela vacinação contra a covid-19, autoridades de saúde pública também se preocupam com sua abstenção, esquecimento ou simplesmente sua falta de conhecimento a respeito de outras vacinas. Todos os anos, campanhas pedem aos adultos mais velhos e grupos de risco que se protejam contra doenças infecciosas evitáveis, como a influenza. A pandemia do coronavírus introduziu outra urgência, a de liberar os leitos dos hospitais para os pacientes com casos mais graves da covid-19.
Maioria vê pandemia fora de controle; cresce apoio à vacina
Percepção abrange 62% da população, aponta Datafolha; desejo de receber dose vai de 73% para 79%. Diante do aumento de óbitos e das falhas do governo na vacinação, a percepção para 62% dos entrevistados é a de que a pandemia está fora de controle; 33% a veem em parte controlada, e apenas 3% totalmente controlada, aponta o Datafolha.A parcela das pessoas que pretendem se vacinar contra a Covid-19 aumentou seis pontos percentuais. Agora, 79% querem se imunizar —eram 73% em dezembro.O instituto ouviu, por telefone, 2.030 pessoas em todo o país entre os dias 20 e 21.A rejeição às vacinas caiu, saindo de 22% no levantamento anterior para 17% na última semana —ainda distante dos 9% resistentes aos imunizantes em agosto.O medo de ser contaminado pelo coronavírus passou de 73% para 77%.Os números retornam aos patamares de junho do ano passado, auge da apreensão com a pandemia, quando 78% diziam temer o vírus.Aqueles que responderam nunca se preocupar com uma eventual infecção passaram de 24% para 16%.A pesquisa apontou ainda que o distanciamento social continua baixo: 53% têm saído para trabalhar e fazer outras atividades.
Jornais Internacionais
The Wall Street Journal 23 Janeiro de 2021
Cepa de vírus no Reino Unido pode ser mais mortal
Oficiais de saúde pública britânicos advertiram que a nova variante do coronavírus identificada pela primeira vez no país no mês passado poderia ser mais letal e também mais contagiosa, aumentando as apostas na corrida global de vacinação.A nova versão já é a variedade mais comum do vírus na maior parte do Reino Unido. Nos EUA, as autoridades disseram que é provável que se torne a variante dominante na América em março. O principal consultor científico da Grã-Bretanha disse sexta-feira que estudos preliminares mostram que pode ser entre 30% a 40% mais mortal do que as variantes anteriores.As conclusões preliminares do Reino Unido, com base em quatro estudos separados, vêm no momento em que as autoridades de saúde expressam preocupações aumentadas sobre as mutações do vírus que podem torná-lo mais contagioso, mais mortal ou mais resistente às vacinas. Uma variante descoberta na África do Sul tem uma mutação que pode tornar as vacinas atuais menos eficazes na prevenção, dizem os pesquisadores. Outro no Brasil levantou preocupações semelhantes.
O surgimento de tais variantes aumenta as apostas em esforços às vezes vacilantes para lançar vacinas nos EUA e em todo o mundo.
The Guardian 23 Janeiro 2021
- New Covid variant may be 30% more lethal, warns PM. A nova variante do coronavírus do Reino Unido pode ser 30% mais mortal do que a cepa original, disse Boris Johnson ontem, quando alertou sobre restrições de viagens mais rígidas e o lockdown contínua.
- Alarme por aumento no uso da tela
Como o uso crescente de dispositivos por crianças durante a pandemia pode causar danos à visão e à saúde. O aumento do tempo de tela das crianças durante a pandemia levou a apelos por maior interatividade e exercícios ao ar livre para reforçar o aprendizado e proteger contra uma epidemia de miopia.
Los Angeles Times 23 de Janeiro de 2021
- Os ‘caçadores de vacinas’ de L.A. só querem uma injeção
Multidões estão formando filas de espera não oficiais em clínicas, esperando por doses “restantes”. Oficialmente, não existe uma fila de espera para vacinações COVID-19 no Condado de Los Angeles. Mas algumas clínicas têm doses prestes a expirar que sobram no final do dia ou durante uma calmaria no início da tarde, e a notícia se espalhou rapidamente sobre essa porta dos fundos em potencial para o acesso à vacina. Alguns que frequentam os locais passam horas esperando na esperança de ter uma chance de sorte. - Um suspeito local?
Os cientistas encontram uma cepa de vírus de propagação rápida que pode estar por trás do aumento violento de férias na Califórnia. Cientistas da Califórnia descobriram uma cepa de coronavírus cultivada em casa que parece estar se propagando mais rápido do que qualquer outra variante à solta no Golden State.Dois grupos de pesquisa independentes disseram que encontraram a nova cepa enquanto procuravam sinais de que uma variante altamente transmissível do Reino Unido havia se estabelecido aqui. Em vez disso, eles encontraram um novo ramo da árvore genealógica do vírus – aquele cujo aumento repentino e mutações distintas o tornaram um dos principais suspeitos do aumento violento de férias na Califórnia.
El País 24 Janeiro de 2021
- Cepa britânica complica a luta contra vírus liberado
Após o pico das infecções, os dias mais difíceis para os hospitais estão se aproximando. Centros de Cantábria e Madrid detectam que 20% dos casos são da nova variante “Já são muitos meses de batalha e não se vê o fim”, afirma um médico da UTI. A Espanha está no topo da terceira onda. Uma dezena de especialistas em saúde pública consultados estimam que o pico de casos foi atingido na quinta-feira (44.357 novos). Nesse caso, a descida começaria a partir de agora. Mas com uma incidência desencadeada (828 casos por 100.000 habitantes em 14 dias), a questão é com que taxa as infecções irão diminuir. A proliferação da variante britânica mais infecciosa aumenta a incerteza. Na Cantábria ou no Nordeste da Comunidade de Madrid já representa 20% das novas infecções, segundo cálculos de hospitais de referência com base em exames efetuados aos seus doentes. - 60 euros para respirar mais quatro horas
Falta de oxigênio em hospitais cria mercado paralelo na Amazônia brasileira. A recarga mínima do cilindro é de 60 euros, uma fortuna na capital da Amazônia brasileira, terra de monopólios, caciques e corrupção enraizada. É o exemplo mais sério da gestão caótica da pandemia no Brasil. Nos hospitais não há oxigênio, não há espaço nos cemitérios. Na terra avermelhada as sepulturas já estão sendo escavadas.
Com vacinas ainda insuficientes, o mundo passa a ter de lidar com as novas variantes do vírus, que evolui e pipoca em diferentes lugares. Na prática, cada uma das vacinas vai ter de ser testada contra cada uma das novas cepas.
A ilusão durou uma semana. Quem acreditou que a chegada das vacinas iria acabar com a pandemia já percebeu que isso não vai acontecer: o Butantan confirmou que vai interromper o envase, na Fiocruz ele vai começar em março, a China não tem pressa em repor os estoques.
De concreto temos as 10 milhões de doses já envasadas pelo Butantan, mais 2 milhões chegando da Índia, o suficiente para vacinar 6 milhões de pessoas em um país de 210 milhões de habitantes. Como a Coronavac tem uma eficácia de 50%, só 3 desses 6 milhões devem se livrar da covid-19.
A ilusão que a Coronavac protege pessoas mais velhas e evita casos graves também foi destruída pela Anvisa: os dados não são suficientes para justificar essas conclusões. É provável os contratos do Butantan e da Fiocruz com a China sejam cumpridos, mas infelizmente esses contratos são suficientes para vacinar menos da metade dos brasileiros.
A segunda metade das doses deverá ser produzida em duas fábricas de princípio ativo que estão sendo construídas no Butantan e na Fiocruz. O Butantan promete sua fábrica para outubro, mas as fotos das obras são desanimadoras. Com as vacinas de baixa eficácia e a incompetência federal, é difícil imaginar que vai haver vacinação suficiente para impactar a pandemia no Brasil em 2021.
Mas as desgraças que assolam a população brasileira não comovem o coronavírus. Enquanto nossos planos caem por água abaixo, o SARS-CoV-2 está evoluindo e novas cepas estão pipocando ao redor do mundo. Vale a pena entender o que são essas novas cepas.
Cada nova cepa se caracteriza por um conjunto de mutações que geralmente aparecem na “spike protein”, a proteína que forma a espícula do vírus, a região que o vírus usa para se ligar e penetrar nas células humanas (são aqueles chifrezinhos no vírus).
Como toda proteína, a “spike” é composta de uma sequência de centenas de aminoácidos. É como se fosse um colar de pérolas com centenas de pérolas. Mas ao invés de ser composto por um único tipo de pérola, contém 20 diferentes tipos de pérolas no mesmo colar (os 20 aminoácidos).
A sequência dos tipos de pérolas é rigidamente determinada: em cada posição está sempre o mesmo tipo de aminoácido (pérola). Assim, contando de uma ponta do colar, na posição 484, o coronavírus original possui um aminoácido chamado E (acido glutâmico). Em diversas das cepas novas, nessa posição foi encontrado o aminoácido K (lisina). Vem daí os nomes das mutações: E484K (substituição de um glutâmico por uma lisina na posição 484).
Milhares de novas cepas contendo diversas mutações desse tipo têm sido identificadas desde o início da pandemia. A grande maioria, apesar de carregar muitas mutações, tem as mesmas características do vírus original. Se espalham com a mesma velocidade e provocam a mesma doença com a mesma seriedade. O problema é que agora estão surgindo cepas com comportamento diferente da cepa original.
A cepa mais bem caracterizada foi detectada na Inglaterra em outubro, se tornou dominante por lá e já esta presente na Europa (se chama SARS-CoV-2 B.1.1.7). Ela é caracterizada por um conjunto de mutações que aumentam sua capacidade de se espalhar, mas causa uma doença idêntica à causada pelo SARS-CoV-2. Ela provocou um aumento enorme do número de casos na Inglaterra.
Devido a maior facilidade de se espalhar, as medidas de distanciamento social capazes de controlar a propagação do vírus original precisam ser mais rigorosas para obter o mesmo controle com a nova cepa. Foi isso que levou a Inglaterra ao “lockdown” quando seu sistema de saúde estava à beira do colapso. Essa cepa já está no Brasil, mas não sabemos como ela está se propagando por aqui.
Mas as cepas que estão provocando mais preocupação entre cientistas são as que apareceram na África do Sul e em Manaus. Essas cepas são diferentes entre si pois possuem um conjunto diferente de mutações, mas se assemelham pelo fato de apresentarem algumas mutações em comum como a E484K e a K417N.
O que os cientistas estão começando a suspeitar é que essas novas cepas, além de se espalhar mais facilmente, são capazes de evadir a proteção do sistema imune. Ou seja, talvez sejam capazes de infectar pessoas que já foram infectadas no passado ou já foram vacinadas. É por isso que a Inglaterra suspendeu os voos do Brasil para a Inglaterra.
Um estudo recém divulgado usando a cepa identificada na África do Sul demonstrou que a cepa SARS-CoV-2 501Y.V2 consegue, pelo menos em laboratório, escapar do sistema imune de pessoas já infectadas.
O experimento é muito simples. Os cientistas usaram uma técnica que mede a capacidade do SARS-CoV-2 de penetrar em células humanas em tubos de ensaio. Quando você coloca o vírus em contato com células, o vírus penetra rapidamente e se divide iniciando a infecção. Agora, quando você repete o ensaio, mas coloca junto os anticorpos gerados por pessoas já infectadas, o vírus não consegue entrar.
Essa capacidade de bloquear a entrada é que leva os cientistas a chamar esses anticorpos de anticorpos neutralizantes. Na presença deles o vírus é neutralizado. São esses anticorpos que são produzidos por nosso corpo após uma infecção pelo vírus ou após sermos vacinados.
A descoberta importante é que essa nova cepa consegue entrar nas células humanas mesmo na presença dos anticorpos gerados após uma infecção. Quando você coloca o vírus da nova cepa junto com a célula ele consegue penetrar mesmo quando os anticorpos de uma pessoa já infectada estão presentes. Ou seja, essas cepas escapam da proteção do sistema imune.
Esse trabalho sugere que essas cepas seriam capazes de infectar pessoas que já foram infectadas anteriormente ou já foram vacinadas. Mas é importante lembrar que esse é o primeiro estudo, que ele precisa ainda ser confirmado, e ainda não foi revisado por outros cientistas. Além disso é um estudo feito fora do corpo humano e não sabemos ainda como essas novas cepas vão se comportar na vida real. De qualquer modo essa é a primeira evidência que poderemos ter que enfrentar cepas capazes de se espalhar rapidamente e escapar da proteção conferida pela vacina ou por uma infecção pelo vírus original.
O que isso significa na prática é que cada uma das vacinas vai ter que ser testada contra cada uma das novas cepas para verificar se elas conferem proteção a cada nova cepa. A perda de proteção pode ser parcial (cai a eficácia da vacina) ou pode ser total, quando a vacina simplesmente não protege os vacinados da nova cepa.
Os fabricantes de vacina estão agora montando sistemas para verificar se cada vacina é capaz de proteger contra cada nova cepa. Nesse quesito as vacinas de alta eficácia levam vantagem. Se uma vacina de 95% de eficácia contra o vírus original tiver uma eficácia de 85% contra as novas cepas ela pode continuar a ser usada, mas se uma vacina de 50% como a Coronavac tiver sua eficácia reduzida para 40% ela provavelmente deixará de ser útil. Tal como os softwares, tudo indica que no médio prazo teremos que dispor de novas versões de cada tipo de vacina, o que complica ainda mais o combate ao vírus.
Isso mostra que enquanto no Brasil os seres humanos se atrapalham com brigas políticas e tropeçam na incompetência e ignorância generalizada do governo, o vírus continua ganhando terreno.
Mais informações: SARS-CoV-2 501Y.V2 escapes neutralization by South African COVID-19 donor plasma. https://doi.org/10.1101/2021.01.18.427166
*É BIÓLOGO, PHD EM BIOLOGIA CELULAR E MOLECULAR PELA CORNELL UNIVERSITY E AUTOR DE A CHEGADA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL; FOLHA DE LÓTUS; E A LONGA MARCHA DOS GRILOS CANIBAIS.
Fernando Reinach* TERRA 23 JAN2021