Município planejou uma série de ações com o propósito de reduzir o índice, que hoje está na proporção de 9,6 para cada mil crianças nascidas vivas na cidade
Resultado de um trabalho intenso na assistência de mães, desde a gestação até os primeiros meses de vida dos bebês, o Município de Campo Mourão comemora uma queda de 50% na mortalidade infantil na cidade. Os números levam em conta a estatística preconizada pelo Ministério da Saúde, onde se considera a proporção de óbitos de crianças menores de um ano de idade para cada mil nascidas vivas. Conforme levantamento da Secretaria de Saúde de Campo Mourão, no primeiro semestre de 2012 o município registrou seis óbitos de crianças menores de um ano de idade, o que, pela estatística do MS, perfaz um índice proporcional de 9,6 para cada mil crianças nascidas vivas. No mesmo período de 2011, foram registrados 12 óbitos de crianças menores de idade. E em todo o ano passado, a proporção de mortalidade infantil na cidade foi fechada em 18,7 por mil.
“Considerando que o Ministério da Saúde preconiza um índice proporcional de 12 óbitos a cada mil nascidos vivos, os números absolutos de janeiro a junho deste ano nos apresenta uma condição altamente positiva para Campo Mourão”, destaca a secretária municipal de Saúde, Márcia Tureck. Segundo ela, diante do quadro registrado no ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Serviços e Ações em Saúde (DESAS), planejou uma série de ações com o propósito de buscar a redução no índice de mortalidade infantil na cidade. As atividades, segundo ela, têm envolvido todas as 16 equipes profissionais do programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e contado com apoio do Comitê Municipal de Mortalidade Infantil. “Médicos pediatras, ginecologistas e obstetras, bem como os demais profissionais da área de saúde, também participaram das ações de conscientização para diminuição do problema”, lembra a secretária.
FOCO NA PREVENÇÃO
De acordo com Márcia Tureck, as ações foram planejadas depois de uma ampla discussão sobre os índices do problema, a constatação das causas e a busca por soluções para diminuir a mortalidade infantil na cidade. Ela explica que o diagnóstico dos problemas foi fundamental para o planejamento das ações. “Integramos todos os profissionais de saúde diretamente ligados a crianças, desde a gestação, nascimento e primeiros meses de vida em ações de prevenção”, afirma a secretária. “E estamos empenhados em reduzir cada vez mais este índice e temos a certeza de que com a conscientização e apoio de toda a sociedade alcançaremos a nossa meta”, assegura Márcia Tureck, aproveitando para agradecer a parceria com todos os profissionais de saúde.
PRINCIPAIS CAUSAS
Para a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Maria Lúcia Bianchini, a diminuição de óbitos de crianças com menos de um ano de vida é resultado do trabalho planejado com estratégicas em conjunto somado a um maior envolvimento das equipes e da comunidade. “As principais causas de mortalidade infantil são problemas de prematuridade, má formação congênita”, explica. Antes, segundo apontam dados epidemiológicos municipais, o maior número de óbitos ocorria, principalmente, tardiamente. “O que se busca, então, é descobrir quais são os fatores que estão levando aos partos prematuros, que é o nosso maior índice hoje”, acrescenta Márcia Tureck. Segundo ela, as principais indicações são para causas diversas, sendo algumas genéticas, ou até mesmo originadas por questões sociais, econômicas ou familiares.
Fonte: Prefeitura de Campo Mourão