Representantes do Sitcom-PR garantem que a população maringaense não deve sofrer com atraso relevante na entrega de correspondências
De acordo com o coordenador, no período da manhã deste primeiro dia de paralisação, nenhum carteiro interrompeu as atividades. Eles começaram a cruzar os braços por volta do meio-dia. Apesar disso, Silva diz considerar que o Município não deve sofrer com o atraso na entrega das correspondências, já que a maioria dos trabalhadores mantém as atividades normalmente. “Pode acontecer atraso, mas é mínimo. A população nem vai perceber.”
Procon orienta como pagar contas durante greve dos Correios e dos bancários
Para prevenir a cobrança de multas e juros, o Procon orienta que o consumidor deve buscar canais alternativos para quitar as dívidas por meio de caixas eletrônicos, pagamento on-line ou correspondentes bancários, como lotéricas.
Caso não exista essas opções para pagar determinada conta, o consumidor deve entrar em contato com a empresa por meio de seus canais de atendimento, para solicitar uma nova forma pagamento.
Em nota divulgada pelo Procon Maringá, o órgão orienta que o consumidor anote o número do protocolo, a data e a hora do atendimento e o nome do atendente.
Mensalidades escolares e contas telefônicas podem ser negociadas diretamente com os prestadores de serviço, de acordo com Procon. Multas
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) informa que como a greve não é uma situação gerada pelo consumidor, o atraso no pagamento não deve gerar penalidades para ele. Caso o pagamento não seja possível, a dívida não poderá ser cobrada com juros ou multa.
Silva confirmou que nem todos os carteiros de Maringá vão aderir ao movimento nos próximos dias. “O povo está cansado de receber correspondência atrasada.”
Negociações e reivindicações
Os Correios ofereceram na última oferta 5,2% de reajuste salarial e salário base de R$ 991,77, além de outros benefícios. A categoria, porém, negou a proposta e reivindica 33% de reposição salarial, 10% de aumento real, além de R$ 200 de aumento linear em todas as funções.
Os trabalhadores pedem também aumento no vale-refeição/alimentação e no vale-cesta, fim das terceirizações e das horas-extras e mais contratações. “Não é difícil ver carteiro trabalhando aos domingos ou feriados. Isso é uma constante”, comentou Silva.
Em nota divulgada na terça-feira (18), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) informou que somente os itens econômicos da pauta de reivindicação dos sindicatos, se forem atendidos, gerariam um acréscimo de até R$ 25 bilhões na folha de pagamento da estatal, que tem previsão de receita de R$ 15 bilhões para este ano.
A empresa explicou que trabalha para aperfeiçoar o plano de saúde dos funcionários, de modo a agilizar a marcação de consultas e de exames. A assessoria dos Correios também informou que, nos últimos 21 meses, a empresa contratou cerca de 10 mil novos empregados e deve admitir mais de 9 mil até abril de 2013.