Commodities puxam Bolsa brasileira, que sobe mais do que seus pares americanos, e ajuda valorização do real.
Com o menor temor de recessão e com a alta das commodities, o dólar comercial fechou em queda de 2,35%, a R$ 5,369 na compra e a R$ 5,370 na venda.
Já em baixa firme desde a abertura dos negócios, o dólar à vista aprofundou as perdas ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira (25), em queda de 2,35%, cotado a 5,3697 – primeiro fechamento abaixo da linha de R$ 5,40 desde 11 de julho e maior tombo em um único pregão desde 10 de março (-2,50%). A divisa oscilou mais de 10 centavos entre a máxima (R$ 5,4790), na abertura, e a mínima (R$ 5,3665).
No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de divisas fortes – trabalhou em baixa de cerca de 0,25% ao longo da sessão abaixo da linha de 106,500 pontos, com uma ligeira recuperação do euro forte alta da libra. A moeda europeia ficou um pouco menos frágil após o Banco Central Europeu surpreender e elevar a taxa de juros em 50 pontos-base na semana passada. O DXY não tombou mais porque o iene se fortaleceu após dois novos dirigentes do Banco do Japão acenarem em discurso de posse com possível mudança da política monetária expansionista.
É amplamente majoritária a expectativa de que o Fed anuncie na quarta-feira (27) um nova alta da taxa de juros em 75 pontos-base, após flerte momentâneo do mercado com a possibilidade de elevação em 100 pontos-base. As atenções estarão mais voltadas ao tom do comunicado e, sobretudo, a declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva.
Já há quem veja possibilidade de o BC americano amenizar o discurso contra a inflação em meio a indicadores que mostram enfraquecimento de indústria e serviços nos EUA. Na ponta oposta, o mercado de trabalho segue com desempenho robusto. Na quinta-feira (28), sai o resultado preliminar do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre, após retração de 1,6% no primeiro.
O dólar também caiu em bloco frente a divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O real, que vinha apanhando mais, exibiu os maiores ganhos, seguido do peso chileno, com alta superior a 1%. As cotações do petróleo subiram, com o tipo Brent para outubro, referência para a Petrobras, em alta de 1,84%, a US$ 100,19 o barril. O minério de ferro negociado em Qingdao, na China, avançou 1,24%, após circularem informações de que o governo chinês pode lançar um fundo imobiliário de até US$ 44 bilhões para lidar com a crise das incorporadoras.
Com informações do JC – Jornal do Comércio – 25.07.2022 ás 17:52