Um ano depois da saída de Salles, incêndios e alertas de desmate estão em alta; pasta diz que há conquistas.
Depois de um ano no comando do Meio Ambiente, o ministro Joaquim Leite exibe números piores que os de seu antecessor, Ricardo Salles, de perfil mais polêmico e alvo de investigações que correm na Justiça.
A quantidade de incêndios na Amazônia e no cerrado, por exemplo, está 20% maior neste ano em relação ao mesmo período de 2021, segundo informações do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Em maio deste ano, a Amazônia brasileira registrou o maior número desde 2004, enquanto o cerrado também teve recorde.
O desmatamento na Mata Atlântica atingiu em 2022 nível 66% superior ao do ano passado, segundo a organização SOS Mata Atlântica. Alertas de desmate na Amazônia mostraram cifras históricas em abril deste ano.
Além disso, normas assinadas por Salles e criticadas por ambientalistas também foram mantidas por Leite, como a flexibilização de regras que facilitou a comercialização de madeira ilegal.
Em resposta à Folha ,oministério afirmou que a gestão tem conquistas como a parceria com o Ministério da Justiça contra os crimes ambientais.
Folha de S. Paulo – 4 de Julho de 2022