O Real está prestes a completar 28 anos. Ele teve muito sucesso em matar a hiperinflação, mas ainda não ganhamos a batalha contra a inflação. Antes, a inflação destruía nossa renda e nossa riqueza mais rapidamente, em dias e semanas; agora, em meses e anos.
De uma forma ou outra, a população sempre paga a conta da corrupção e da gastança dos governos.
Quando governos gastam mais do que arrecadam, 4 coisas podem acontecer:
1. Impostos aumentam para bancar a conta;
2. Dívida pública aumenta, bancando a conta inicialmente. Em algum momento impostos aumentam para pagar a dívida;
3. Dívida aumenta e solução para cobrir o aumento da dívida é o imposto inflacionário. A inflação corrói o valor real da dívida;
4. A dívida cresce tanto que o governo é forçado a dar um calote, o que causa uma grave crise econômica.
O mais comum é uma combinação dos casos 2 e 3. Em ambos, há um descasamento temporal entre o aumento dos gastos e seus impactos negativos no bolso da população, o que faz com que a maioria das pessoas não se dê conta da relação entre o aumento de gastos públicos e suas consequências nefastas.
Desde o início do Plano Real, os gastos públicos cresceram 4 vezes mais do que a economia brasileira.
Por consequência, a dívida pública passou a ser 3 vezes maior em relação ao tamanho da economia e a inflação no Brasil foi muito maior do que nos países desenvolvidos, corroendo o poder de compra dos brasileiros.
Desde o lançamento do Real em 1º de julho de 1994, até janeiro deste ano 2022, a inflação acumulada em 18 anos no Brasil foi de 550,26% enquanto os EUA tiveram uma inflação de 76,27%, em 40 anos .
Por consequência de toda essa inflação, em janeiro de 2021, uma nota de R$ 100 valia o mesmo que R$ 15,38 em julho de 1994.
Fazendo o caminho inverso, para se comprar o equivalente ao que se comprava com R$ 100 em julho de 1994, tínhamos que desembolsar R$ 650,26 em janeiro de 2021. De lá para cá, a inflação aumentou.
O que aprendemos?
Que para pagar a dívida dos governos neste período de 18 anos, desde a criação do plano real, brasileiro teve de tirar do bolso para pagar as obrigações das políticas públicas mau feitas pelo Legislativo e executivo, aquelas políticas sem retorno, do tipo corrupção, projetos inacabados, favorecimentos e empréstimos a países de massa falida. Aquela cultura que diz que “dinheiro dá em árvores”, “do almoço grátis”, mas são os empresário e os trabalhadores ‘honestos’, que pagam toda esta conta para os governos, tirando o fruto do seu trabalho, dos seus bolsos.
Imagem fonte: @economistavisual