Sob os mandatos de cinco presidentes, a dependência do exterior saltou de 46% para 85%. Agora, com a guerra, agronegócio corre risco de desabastecimento.
Nos últimos 25 anos, decisões tributárias duvidosas, escândalos de corrupção e mudanças da Petrobras produziram, juntos, o quadro de crescente dependência do país de fertilizantes produzidos no exterior, deixando o agronegócio brasileiro um setor responsável por seguidos superávits comerciais e por 30% do PIB – vulnerável à escalada dos preços internacionais e diante da incerteza do fornecimento no futuro.
Menos fertilizantes na lavoura se traduzem em colheitas menores e, em efeito cascata, menor entrada de recursos no país e mais inflação nos preços dos alimentos. A guerra da Ucrânia escancarou essa realidade: Rússia e Belarus, uma ditadura aliada de Putin no Leste Europeu, principais fornecedores do Brasil, estão sob embargo da comunidade internacional e cresceu o risco de os insumos necessários não chegarem ao agricultor brasileiro.
Em 1996, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), para cada tonelada de fertilizantes que produzia internamente, o país importava outra tonelada. No ano passado, a dependência atingiu seu maior volume da história recente: 85% dos insumos vieram de fora.
Para ler o conteúdo completo: Bloomberg Línea 17.03.2022 ás 10h45
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Fonte: Canal Rural – 21/05/2022 ÀS 19h03