“O Real Digital deve ter um piloto no segundo semestre desse ano e já tem uma estrutura de como será montado. A versão brasileira da CBDC (“central bank digital currency”, na expressão em inglês) será feita a partir uma stablecoin e com base no STR (Sistema de Transferência de Reservas). Trata-se do meio no qual são feitas as transferências de recursos entre instituições financeiras.
As informações foram divulgadas pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em live feita pela plataforma TC na manhã desta segunda-feira (11).
O STR é o sistema central do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), responsável pela transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR).
“A gente tem o STR, um sistema que liquida todos os ativos e tem como garantia o Real. Então a gente vai ter como se fosse um sistema em cima desse, um STR digital, onde vai ser garantido pela moeda digital, o Real Digital, e os bancos vão conseguir emitir stablecoins em cima dos seus depósitos”, explicou Campos Neto.
Conforme o presidente do BC disse, isso é uma “forma de criar a digitalização da moeda sem criar uma ruptura no balanço dos bancos. Esse projeto deve ter algum tipo de piloto no segundo semestre”, disse.
Campos Neto garante que “não tem nenhum Banco Central no mundo que não está nesse processo de estudo”, mas que necessária uma maior coordenação entre os diversos agentes públicos e do mercado.
“Vejo alguns lugares falando ‘vou fazer uma plataforma centralizada’, o outro ‘vou fazer uma blockchain’ … E na verdade se essas moedas digitais não tiverem esse fator de pagamento transfronteiriço com eficiência, obviamente que a criptomoeda vai ser sempre mais eficiente do que qualquer tipo de moeda digital”, aponta.”
Com Informações do BC 11.04.2022