O dólar comercial fechou em queda de 1,97% nesta sexta-feira (1º), cotado a R$ 4,667 na venda, no segundo recuo seguido. É o menor valor do dólar em mais de dois anos, desde 10 de março de 2020 (R$ 4,647). É a quinta desvalorização semanal (-1,69%). O valor do dólar divulgado, se refere ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em alta de 1,31%, aos 121.570,15 pontos —maior pontuação de fechamento desde 13 de agosto de 2021 (121.193,75 pontos). É a terceira alta semanal seguida, de 2,09%.
O fluxo de investidores estrangeiros tem apontado constante recursos para o Brasil, como responsável pela desvalorização do dólar no ano. Bem como a disparada das commodities desde o início da guerra na Ucrânia tem favorecido o país, bem como outras nações exportadoras desse tipo de produto, enquanto o patamar elevado da Selic serve como impulso adicional para o real.
Os juros mais altos tendem atrair mais e mais investimentos de agentes financeiros que buscam retornos elevados na renda fixa. Enquanto no Brasil a Selic está em 11,75% ao ano, os custos dos empréstimos em muitas economias desenvolvidas estão em patamares próximos de zero ou até mesmo em terreno negativo. Com isso mantém a perspectiva, ao menos no curto prazo, de manutenção da valorização do real frente ao dólar, segundo alguns economistas.
Alguns dados nos EUA, como empregos, atividade agrícola em março, este conjunto de indicadores, mesmo o FED (Federal Reserve dos EUA) subir os juros em 0,5 pontos percentual em março, o que já era esperado pelo mercado, mas que diante do persistente processo inflacionário, agravado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, reforça a necessidade de maiores aumentos na taxa de juros norte-americano para mudar este cenário no comportamento dos investidores.
Com informações da Reuters