O aumento no custo dos combustíveis pode acelerar a desistência de motoristas que trabalham como caminhoneiros ou para aplicativos de transporte como Uber e 99. O receio foi compartilhado por entidades e associações, que já veem uma tendência de desistência desde o ano passado, quando os custos começaram a aumentar: dos 120 mil motoristas que trabalhavam em São Paulo, cerca de 30 mil abandonaram as corridas. Segundo o Estadão, caminhoneiros com anos de profissão também estão cogitando deixar o volante diante da alta no diesel.
OUTRA FONTE:
Matéria de hoje: “Dá desespero, dá vontade de chorar, a conta não fecha, a manutenção do carro é cara, porque roda muito. É desespero todo dia”, diz a motorista de aplicativo Ana Paula Aparecida de Oliveira sobre o aumento da gasolina.
https://www.bbc.com/portuguese/geral-60715988
No que isso irá mudar a sua vida? veja:
– IPCA voltará para a casa dos 2 dígitos (IBGE);
– SELIC continuará subindo e não irá parar em 12,5% (Banco Central do Brasil);
– Sem aumento real de renda, as famílias terão que usar uma fatia maior do orçamento para pagar o transporte;
– O menor interesse por veículo privado derrubará a tabela FIPE (Instituição de Ensino FIPE) para seminovos e usados;
– O aumento de custo de combustível será repassado de forma parcial nos preços dos serviços (Uber, 99 e inDriver) e haverá desistência de motoristas. Eles vão procurar empregos com renda mais estável e garantida;
– Os motoristas são grandes clientes de empresas de locação (Movida Aluguel de Carros, Localiza e Rentcars) que terão redução na sua demanda;
– As empresas de locação são grandes consumidoras das montadoras (Ford Motor Company, FCA Fiat Chrysler Automobiles, Renault Group, American Honda Motor Company, Inc., BMW Group…) que terão sua demanda também restrita;
– As montadoras, revendedoras, locadoras e transporte compartilhado empregam um volume significativo de trabalhadores e consequentemente terão que demitir para ajustar ao novo nível de oferta;
Resumindo, em cadeia vamos ter:
– Aumento da inflação, da taxa de juros e do desemprego;
– Queda nos preços de veículos novos e usados e redução do crescimento econômico;
Na economia brasileira sabemos que há uma resistência terrível em reduzir preços em cenário de redução dos custos…
O que você faria se fosse o Paulo Guedes (Ministério da Economia)?
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