O desemprego, por exemplo, atinge a todos. E ainda que, na ponta do lápis, dos 12 milhões de desempregados, 6,5 milhões sejam mulheres. Ainda que a taxa de desocupação dos homens esteja em 9%, enquanto que a das mulheres seja de 13,9%.
O fato de as mulheres serem a maioria dos desempregados do país (G1-2022/IBGE) e todas as diferenças que possamos enumerar entre gêneros, não devemos deixar de perceber o que une – e iguala – homens e mulheres [pobres]:
A VULNERABILIDADE.
Ela (a vulnerabilidade social) é um fantasma a roubar corpos de crianças, índios, negros-brancos-amarelos pobres, refugiados…
A VULNERABILIDADE foge da equidade social e da renda, como o diabo da cruz!
Quem defende a mulher, não deve distorcer o feminismo.
Quem defende o negro, não deve reduzir sua expressão ao “lugar de fala”. Não é realmente necessário, nem prudente, defender o emprego a partir da xenofobia. A solidariedade é uma proteção para o vulnerável, não uma ameaça.
Assim como o inimigo verdadeiro não é o machista ou o racista. Esses são lacaios do inimigo.
O verdadeiro inimigo PRODUZ a VULNERABILIDADE, e por produzir a vulnerabilidade, tem interesse em que os vulneráveis não se associem. Porque na associação e na solidariedade, até o fraco fica forte.
O predador sabe que a presa, só é presa, quando só (e vulnerável).
Por: Toni Grangeiro 12.03.2022 ás 08:00
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